IPC-S acelera em Salvador e outras três capitais em dezembro
Índice de Preços ao Consumidor – Semanal de dezembro acelera para 0,17%, com altas em passagens aéreas e carnes

A Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou, nesta quinta-feira (26), os dados do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), no qual foi registrada uma aceleração de 0,08% para 0,17% na terceira quadrissemana de dezembro. O aumento do índice foi influenciado principalmente pelos preços de passagens aéreas e alimentação, que tendem a aumentar devido à demanda sazonal de dezembro.
A FGV analisou sete capitais, das quais quatro apresentaram aceleração no IPC-S. O Rio de Janeiro foi a cidade com maior avanço, subindo de 0,02% para 0,25%. Em seguida, aparecem as cidades de Porto Alegre, com o IPC-S passando de 0,31% para 0,51%. Salvador aparece em terceiro lugar na lista, com uma variação de 0,60% para 0,77%. A cidade de São Paulo completa a lista, registrando um aumento de 0,13% para 0,24%.
Esse movimento reflete a pressão sobre o mercado de passagens aéreas, devido à crescente demanda no período de festas de fim de ano, além do impacto da alta nos preços dos alimentos. Os dados da FGV apontam ainda que as carnes, especialmente o contrafilé, o frango e a costela bovina, continuam sendo os principais responsáveis pelo aumento da inflação.
Fatores que impulsionaram IPC-S
O economista André Braz, que atualmente atua como coordenador do IPC-S na FGV, contou que a aceleração no índice foi impulsionada principalmente pelas altas nos preços das passagens aéreas, o que é comum devido à alta demanda do período das festas de fim de ano. Quanto aos alimentos, Braz reforçou o papel da carne na alta da inflação.
“Normalmente, os volumes de chuva mais elevados — como os previstos para 2025 — não contribuem bem para safras robustas de alimentos in natura. Apesar de pesarem pouco no grupo, as altas que apresentam entre janeiro e março são fortes. Isso deve aparecer de alguma forma no IPC-S das próximas leituras”, declarou o economista.
Desaceleração em outras capitais
Enquanto quatro capitais apresentaram aceleração no IPC-S, outras registraram desaceleração ou deflação. A capital do país, Brasília, foi apontada como a cidade que teve a maior queda no índice, passando de -0,94% para -1,01%. Belo Horizonte e Recife também apresentaram desaceleração, com variações de -0,11% para -0,20% e 0,19% para 0,13%, respectivamente.
Segundo os dados da FGV, essas variações de queda podem ser atribuídas a fatores locais, como a queda no preço da eletricidade e nos produtos alimentícios. A tarifa de energia elétrica, por exemplo, contribuiu para a queda no IPC-S, com a variação de -5,73% para -4,30%. Já o preço de hortaliças e legumes caiu significativamente, passando de -2,24% para -3,72%.
Projeções para 2025
As previsões para 2025 apontam que a pressão sobre os preços de alimentos, especialmente das carnes, deve continuar, já que a sazonalidade das colheitas e a demanda por proteínas podem ocasionar alta nos preços, como aconteceu em 2024. André Braz afirma que existe a expectativa de uma desaceleração no preço das carnes a partir de março de 2025, mas que as pressões inflacionárias ainda devem ser intensas nos primeiros meses do ano.
Assim, o IPC-S no início do próximo ano será fortemente influenciado por esses fatores, com destaque para os preços de passagens aéreas e combustíveis, que historicamente apresentam grandes variações no período de verão e festas de fim de ano. No entanto, os custos com alimentos e transportes devem se manter em patamares elevados.
Influências individuais no IPC-S
Entre os produtos que mais provocam a aceleração do IPC-S, destacam-se as passagens aéreas, devido à demanda sazonal. Já nas carnes, foi registrado um aumento nos preços do contrafilé (7,59%) e frango em pedaços (3,86%). Além disso, serviços como plano de saúde e artigos de vestuário também contribuíram para o aumento da inflação.
Por outro lado, a eletricidade residencial teve uma queda nos preços, com a tarifa chegando a uma queda de -5,73% para -4,30%, o que aliviou um pouco a pressão inflacionária em algumas regiões.
Redação
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