Danone pede desculpas ao Ministério da Agricultura e reforça compromisso com soja brasileira
Multinacional esclarece mal-entendidos sobre sustentabilidade e destaca importância da soja nacional em sua cadeia de fornecimento
A empresa Danone voltou a pedir desculpas, em carta enviada ao Ministério da Agricultura, onde reconheceu possíveis mal-entendidos sobre a “sustentabilidade da soja brasileira”. Ainda na mensagem enviada, a empresa de origem francesa reafirmou seu compromisso com a compra do produto.
A carta foi direcionada ao ministro Carlos Fávaro, que divulgou a mensagem assinada pelo vice-presidente executivo global da Danone, Laurent Sacchi, e pela presidente na América Latina, Silvia Dávilla.
“Confirmamos e ratificamos que a Danone continua consumindo soja brasileira em suas operações locais e internacionais, em conformidade com as regulamentações aplicáveis. Ainda assim, se porventura qualquer menção de executivos do Grupo levou a entendimentos errados sobre a sustentabilidade da soja brasileira, pedimos as mais sinceras desculpas”, destacou um trecho da mensagem.
Entenda
A manifestação e pedido de desculpas da empresa se deu após falas do diretor financeiro da Danone, Jurgen Esser, que, durante entrevista à Reuters, mencionou que a companhia estaria substituindo a soja brasileira, pela que é produzida na Ásia. A troca da compra estaria de acordo com a legislação antidesmatamento da União Europeia. O comentário feito por Esser levantou questionamentos sobre a posição da empresa em relação à sustentabilidade da soja nacional.
Importância da soja brasileira na cadeia global da Danone
Ainda na carta, a empresa francesa afirmou que a soja brasileira é um “insumo essencial na cadeia de fornecimento de ração animal” para as operações globais de laticínios. No Brasil, esses insumos são adquiridos por meio do Centro de Compras da Danone e disponibilizada a produtores de leite parceiros. Mesmo com a ração para os animais, a soja continua sendo um componente crucial.
Os empresários da Danone reforçaram que buscam “garantir que a soja seja proveniente de fontes sustentáveis verificadas como livres de desmatamento, independentemente da sua origem geográfica”.
“Também incentivamos ativamente nossos produtores de leite parceiros a comprarem ração apenas de fornecedores que respeitem esse compromisso ou possuam certificações credíveis. Nesse sentido, reconhecemos o notável compromisso do governo brasileiro em preservar as florestas locais e seus sólidos programas dedicados à proteção da floresta amazônica e ao avanço da agricultura sustentável de soja. Reconhecemos também as associações comerciais e os agricultores brasileiros que se dedicam incansavelmente à sustentabilidade e à inovação no campo”, declararam.
Resposta do Ministério da Agricultura
Em nota, o ministério afirmou que a carta da Danone é uma prova das “boas relações diplomáticas”, principalmente agora com o acordo comercial firmado entre a União Europeia e o Mercosul.
“O Ministério da Agricultura reitera os elevados padrões de qualidade, sanidade e sustentabilidade da produção agropecuária brasileira. Também destacamos o trabalho de excelência desempenhado pelo setor e o compromisso com uma agropecuária sustentável. O Brasil segue mantendo as boas relações diplomáticas, que resultaram em grandes conquistas para o setor”, disse a pasta em nota.
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