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Vixe! Que comecem os debates. A unidade do governo em torno de Geraldo. Os avanços e a força de Bruno. Kleber e o voto da esquerda. E mais, os impactos da eleição em 2026

Coluna Vixe
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Que comecem os debates

Todas as atenções se voltam hoje para o primeiro debate desta campanha eleitoral em Salvador. Esta será a primeira vez que o prefeito Bruno Reis, o vice-governador Geraldo Júnior e o candidato Kleber Rosa estarão frente a frente num embate nesse pleito eleitoral. A expectativa agora é para o tom que será usado pelos três principais postulantes nesta quarta, a partir das 18h, na Rádio Bahia FM, no programa Fala Bahia, apresentado pelo jornalista Emmerson José. Amanhã, às 22h30, será a vez do primeiro debate na tv, na tela da Band Bahia. O esperado, inclusive, é que o nome do PSOL dispare críticas diretas aos dois adversários.

Emerson José

Kleber e o voto da esquerda

A expectativa é que duas pesquisas eleitorais sejam divulgadas até o final de semana em Salvador, mostrando a liderança consolidada do prefeito Bruno Reis, o leve crescimento do emedebista Geraldo Júnior e um crescimento mais acentuado do candidato do PSOL, Kleber Rosa, que deve abocanhar boa parte dos votos do eleitorado mais à esquerda.

Kleber Rosa

Geraldo será o alvo do PSOL

Pelo que se comenta na política da capital, Kleber deve eleger Geraldo como seu principal adversário, não poupando críticas ao nome do MDB. Como carta na manga, um petista disse ontem que uma costura estaria sendo feita nacionalmente, na tentativa de arrefecer os ânimos do candidato do PSOL na capital baiana, já que o partido espera o apoio do PT para viabilizar Guilherme Boulos na capital paulista. Se essa estratégia se confirmará, não sabemos, mas a especulação correu solta ontem nos bastidores.

Geraldo Júnior

Convenção positiva

Encerrado o período legal das convenções, os apoiadores do governo estadual dizem que o ato que confirmou a candidatura de Geraldo e Fabya Reis foi “um verdadeiro sucesso”. A avaliação é que politicamente o postulante do MDB demonstrou força, ao reunir os principais nomes do seu grupo político na Arena Fonte Nova no último domingo.

Geraldo Júnior e Fábya Reis

Unidade do grupo

Mais importante que o número de pessoas presentes, a primeira leitura feita foi da demonstração de unidade, com a presença do governador Jerônimo, os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar, além do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que não estaria presente, mas apareceu de última hora e discursou para os aliados. “Geraldo demonstrou que o governo vai pra cima. A cúpula estava toda presente e unida”, disse um aliado do PT, ao destacar ainda a mobilização feita por candidatos e lideranças da base.

Jaques Wagner, Jerônimo Rodrigues e Rui Costa

Capacidade de crescimento

A segunda leitura é em relação à capacidade de crescimento de Geraldo, que está melhor pontuado que a candidata de 2022, Major Denice Santiago, o que mostra sua capacidade de crescimento. Os mais otimistas dizem que o emedebista pode chegar a 30% ou 35% dos votos válidos. Isso, se somados aos votos do postulante do PSOL, pode levar a disputa para o segundo turno, o que seria uma nova eleição na capital baiana.

A força e os avanços de Bruno

Já o presidente do União Brasil em Salvador, deputado Luciano Simões Filho, é enfático ao destacar a força do trabalho do prefeito Bruno Reis à frente da gestão da capital. “Desde a gestão de ACM Neto, todos os índices de desenvolvimento da cidade foram melhorados. Em todas as áreas, seja infraestrutura, saúde, educação, cultura, gestão fiscal. Tudo melhorou. A gestão de Bruno Reis tem a melhor gestão fiscal do Brasil, com a ampliação do sistema de saúde da família, chegando a 70%, sendo que ACM Neto pegou com 30%”, disse o dirigente, ao reforçar que seu grupo político contará com um exército de mais de 500 candidatos a vereador espalhados pela cidade.

Bruno Reis

A estratégia do PT

Já o PT comemorou essa semana o fato de ter oficializado 165 candidatos a prefeito e 93 a vice nas eleições deste ano em toda a Bahia. Além disso, foram homologadas candidaturas a vereador em 300 municípios. Dentre as prioridades do partido estão os petistas Luiz Caetano, em Camaçari; Zé Neto, em Feira de Santana; Waldenor Pereira, em Vitória da Conquista; Tito, em Barreiras; Marivalda, em Candeias; Rosalvo, em Lauro de Freitas; e Adélia Pinheiro, em Ilhéus.

Luiz Caetano

Organização do partido

“Lançar um grande número de candidaturas em pequenas, médias e grandes cidades demonstra a força, a vitalidade, a organização e a grande mobilização do PT estadual e dos diretórios municipais do partido”, disse o presidente da sigla, Éden Valadares, que aposta na força do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula para embalar seus candidatos.

Éden Valadares

Não é bem assim

Apesar do otimismo e da expectativa de aumentar o número de prefeitos eleitos, na oposição a conta indica que os adversários não crescerão, como esperam. Segundo deputados oposicionistas ouvidos pela Coluna Vixe! por mais que falem que a campanha será estadualizada, a expectativa é que os cenários locais se sobreponham a qualquer interferência do governador Jerônimo ou do ex-prefeito ACM Neto. “Muito menos o presidente Lula ou o ex-presidente Bolsonaro”, completou um parlamentar ligado ao União Brasil.

Jerônimo Rodrigues

Impactos sobre 2026

A estratégia inicial da cúpula do PT e do governo era trabalhar para vencer nas cidades de médio e grande porte, com vistas à eleição estadual de 2026. No entanto, o cenário indica que o União Brasil e seus aliados devem manter o comando de cidades estratégicas como Juazeiro, Feira, Santo Antônio de Jesus, Texeira de Freitas, com capacidade de vencer em Lauro de Freitas e Camaçari, por exemplo. O que não se sabe ainda é qual será o impacto sobre a disputa ao governo na eleição seguinte. Os oposicionistas acreditam que sairão com a mesma força de agora, anulando a estratégia de fortalecimento dos governistas e do PT.

Prefeita Suzana

A força da máquina e das emendas

Segundo deputados ouvidos pela coluna, o movimento de crescimento na avaliação dos prefeitos que tentarão a reeleição ou tentando fazer o sucessor passou a ser percebido com muito mais força na Bahia. Mais precisamente nos últimos 45 dias, muitos gestores passaram a melhorar suas avaliações. Tem parlamentar apostando que essa será uma eleição com mais reeleições e sucessões, em relação aos pleitos dos últimos anos. Como exemplo, um deputado de oposição citou o caso dos prefeitos de Mata de São João, Bira da Barraca; e de Santo Antônio de Jesus, Genival Deolino Souza; que estavam desgastados e agora apontam positivamente nas pesquisas de intenção.

Bira da Barraca

Júnior segue com Bruno

O secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer de Salvador, Júnior Magalhães, tratou de enviar nota para imprensa ontem para reafirmar o seu apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil). A declaração do secretário veio logo após sua mãe, a ex-deputada Tonha Magalhães (Avante), anunciar, na segunda-feira (5), que vai disputar como candidata vice à prefeitura de Candeias, na chapa da petista Marivalda da Silva.

Júnior Magalhães e Bruno Reis

Posição mantida

Em nota encaminhada ao Portal M!, Júnior disse que respeita a decisão da mãe em firmar aliança com “um grupo político historicamente antagônico ao que integra”, mas enfatizou que manterá o mesmo posicionamento político adotado desde o início de sua carreira em 2002. O secretário pontuou ainda que não se envolverá em atividades de campanha em Candeias e que a população terá o tempo necessário para conhecer as propostas, avaliar e escolher quais as melhores opções para a administrar o município da RMS durante os próximos quatro anos.

Júnior Magalhães

Ex-bolsonarista agora é lulista

O apoio de Tonha chamou a atenção pelo fato de ela e Marivalda pertencerem a grupos completamente antagônicos. Ainda mais se levarmos em conta que a ex-prefeita era bolsonarista até a campanha passada, enquanto a candidata a prefeita, uma lulista. Até mesmo o governador Jerônimo Rodrigues opinou sobre a composição, afirmando que aliança era estritamente local e que não envolvia negociação para Júnior romper com seu atual grupo político em Salvador.

Tonha e Marivalda

Fumaça e fogo

Em nota à imprensa, o deputado federal Capitão Alden (PL) desmentiu a informação de que estaria participando de articulações em Brasília para assumir o comando do Partido Liberal na Bahia, no lugar do atual presidente João Roma. “Tanto eu quanto Roma somos militares e sabemos da importância do respeito à hierarquia e a lealdade. Temos cada um o nosso espaço dentro do partido e não há conflitos”, afirmou.

João Roma e Capitão Alden

Divergências e diálogo

Para Capitão Alden, as divergências, quando ocorrem, são tratadas internamente “com conversa e diálogo. “Os boatos buscam desestabilizar a nossa relação, que tem se pautado no respeito e comprometimento com fortalecimento do partido. Temos um objetivo comum: derrotar a esquerda na Bahia”, enfatizou o deputado conservador.

Capitão Alden
Arte/Haron Ribeiro