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Wagner condena PL sobre aborto e classifica como ‘escândalo mentiroso virtual pra fazer fatura política’

Wagner condena PL sobre aborto e classifica como ‘escândalo mentiroso virtual pra fazer fatura política’
Segundo líder do governo Lula no Senado, projeto que equipara prática a homicídio, mesmo em caso de estupro, é ‘absurda’

O senador baiano Jaques Wagner (PT) condenou, na manhã desta sexta-feira (14), o projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio, mesmo em caso de estupro. Segundo o líder do governo Lula no Senado, a matéria é mais uma tentativa da bancada evangélica ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “criar uma mentira virtual”, um “escândalo mentiroso virtual pra fazer fatura política”. A matéria foi apresentada pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e subscrita por outros 32 parlamentares – entre eles, o baiano Capitão Alden (PL).

“Eu, sinceramente, [acho que] é bom alertar a população que algumas dessas pautas no Congresso trazidas pelo grupo vinculado ao ex-presidente da República têm muito mais a função de criar um escândalo mentiroso pra tentar fazer a luta política em cima de temas que são muito caros. Esse tema, por exemplo, eu pessoalmente entendo que é muito de consciência e de espiritualidade de cada um”, disse o petista em entrevista ao Portal M!, durante evento para início das obras do Veículo Leve de Transporte (VLT), na Estação da Calçada, em Salvador.

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta última quarta-feira (12), o regime de urgência do PL, requerido pelo coordenador da Frente Parlamentar Evangélica na Casa, deputado Eli Borges (PL-TO). Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões. No entanto, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) assegurou, nesta quinta, que a matéria será relatada por uma “mulher de centro e moderada” que poderá fazer modificações no texto, considerado duro e criticado em todo o país.

Segundo Wagner, primeiro, a matéria é ‘absurda’ em “querer comparar ao crime de homicídio”. Para o petista, “filosofia e espiritualidade com política não é uma mistura boa”.

“[Em] segundo, a que está se dizendo que uma jovem que foi estuprada é obrigada a fazer a gestação. Na cabeça de quem que entra isso? Eu quero saber se quem escreveu o projeto, se tiver uma parente, uma filha, uma prima, quem for que sofra o estupro e ainda é obrigada a ter uma criança que ela não queria com um cabra que a violentou? Sinceramente, na cabeça de quem que entra isso? Na cabeça de quem quer criar escândalo mentiroso virtual pra fazer fatura política”, bradou.

Ainda em entrevista ao Portal M!, Wagner também afirmou que espera que o povo desperte pra isso. “Eu estou me referindo até especificamente ao povo evangélico. Deus não prega, ele é uma inspiração, mas Cristo nunca pregou esse ódio entre pessoas, dessa violência. Isso é tudo uma mentira de quem quer fazer fatura política em cima, às vezes, da boa fé e da ingenuidade da nossa gente. Pra mim, isso é realmente um absurdo. Vou repetir, eu quero saber se a filha de alguém que for violentada, se você acha que ela é obrigada a ter essa criança? Pelo amor de Deus, isso está previsto na lei e é um dos casos que é admitido”, completou.

Confira entrevista:

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