Vixe! Wagner e Rui excluem Coronel e causam terremoto na base. Bruno reúne aliados e traça estratégia contra sindicalistas. E a profecia nacional pró-Tarcísio se cumprindo
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Planilhas no café
Afastado dos holofotes e distante dos despachos diários com os vereadores da sua base de sustentação, o prefeito Bruno Reis fez um café da manhã nesta quarta-feira com os governistas. Durante encontro no Palácio Thomé de Souza, o prefeito mostrou as planilhas que comprovam o reajuste para os professores e servidores do município, que, segundo ele, é o maior do país. O objetivo é municiar os aliados para o enfrentamento com os sindicalistas e as categorias, que seguem em greve e prometem ainda muita dor de cabeça para o prefeito e os vereadores da base.

Vencimentos
“Após o prefeito apresentar os números, ficou claro que o movimento da última semana foi totalmente político e tinha o objetivo de atingi-lo, de desgastá-lo perante a população”, disse um vereador que participou do café da manhã. Segundo informação do prefeito, a maioria dos professores ganha R$9,2 mil, sendo que alguns chegam a R$25 mil. “E tem muitos que trabalham 40 horas, mas não dão todas elas nas salas de aula, já que têm outras atividades que servem para compor essa carga horária”, como completou outro vereador que participou do encontro.

Infeccionou
Quem participou do café da manhã hoje com o prefeito disse ter ficado impressionado com a mão do vereador Sidninho, que estaria infeccionada após ter sido mordida por um dos sindicalistas na última semana. Além disso, alguns dos vereadores disseram estar temerosos. “Tem cinco vereadores andando com segurança privada, devido a temor diante das agressões sofridas na última semana”, completou outro parlamentar presente no encontro.

Terremoto na base
A entrevista que o senador Jaques Wagner deu, junto com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, à Rádio Metrópole na segunda-feira, causou um verdadeiro terremoto na base governista na Bahia. O anúncio feito pelo senador de que ele e Rui estariam disputando o Senado, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, provocou uma reação imediata do senador Ângelo Coronel, excluído pelos caciques petistas da chapa majoritária do próximo ano. Em suas redes sociais, o integrante do PSD minimizou o anúncio das pré-candidaturas do PT. Quem acompanha de perto essa movimentação diz que a decisão sepulta, pelo menos por enquanto, as negociações para Coronel disputar a reeleição dentro da chapa majoritária petista.

Decisão com o PSD
Em contato com a imprensa, o senador Ângelo Coronel evitou partir para o confronto direto com Rui e Wagner, mas deixou claro que a decisão sobre 2026 está nas mãos do PSD, o seu partido, que é comandado na Bahia pelo senador Otto Alencar. “Sou do PSD e, no momento certo, o partido irá escalar seus jogadores para participar do jogo eleitoral do próximo ano. Qualquer partido tem o direito de escalar seu time, como Wagner e Rui fizeram”, disse ele, sinalizando que a sigla ainda não definiu a estratégia para a próxima eleição, mas que ele tem a legitimidade de continuar no Senado, já que está sentado na cadeira. “Todos podem colocar seus nomes, mas a definição terá que ser pelo consenso”, completou.

Contra a parede
Durante entrevista à rádio, Rui e Wagner confirmaram publicamente o que já vinha sendo desenhado nos bastidores: a intenção do PT de ocupar as duas vagas ao Senado em 2026, quando a Bahia poderá eleger dois nomes. A iniciativa causou desconforto dentro do PSD, que é o principal aliado do governo na Bahia e controla mais de 120 prefeituras. A sigla já esperava ter direito a uma das vagas para o Senado, o que abriria espaço para a reeleição de Coronel.

A vice não
O que não é negociado, segundo os pessedistas, é abrir mão da vaga do Senado para indicar a vice, por exemplo. Ninguém quer a vaga ocupada hoje por Geraldo Júnior. Nessa perspectiva, apesar da negativa, dois nomes são lembrados para ocupar a vice, ao lado de Jerônimo, Wagner e Rui: o da presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ivana Bastos, ou ainda da esposa do senador, Eleusa Coronel. “Isso é inegociável”, como completou o próprio pessedista.

Ampla bancada
E o detalhe é que o senador Jaques Wagner resiste em abrir mão da disputa pelo Senado. Na última sexta-feira, ele já havia deixado claro que não pretendia recuar da disputa. “Tem dois já sentados da base: eu e o Coronel. Vamos fazer essa discussão mais adiante. Mas eu, por enquanto, não estou abrindo mão de nada”, afirmou ao Portal M!. Segundo disseram dois deputados do PT, há quem defenda no partido que Wagner pode abrir mão da reeleição, ou convencer o correligionário Rui Costa a disputar uma vaga na Câmara Federal e distensionar a relação na base. A ida de um dos dois nomes para Câmara Federal estancaria a sangria na base aliada e ainda ajudaria a eleger uma ampla bancada de deputados federais no próximo ano.

Fora da base?
Apesar do cenário hoje se mostrar desfavorável, Coronel ainda não jogou a toalha e, pelo visto, não pretende jogar. Caso seja realmente limado da chapa petista, ele pode se lançar na chapa da oposição, encabeçada pelo ex-prefeito ACM Neto, ou como terceira alternativa, se lançar numa chapa avulsa, na tentativa de receber votos dos aliados do PT e do União Brasil. O senador mantém um bom trânsito, tanto no campo governista quanto entre opositores, e pode se tornar uma peça-chave em articulações futuras.

Efeito Lídice
Volta e veia vemos as pessoas associarem a provável puxada do tapete do senador Ângelo Coronel ao que aconteceu quando ele passou a disputar o Senado em Brasília, no lugar da então senadora Lídice da Mata, que também estava na Câmara Alta, mas foi preterida pelo nome do PSD. Segundo um interlocutor do partido, dois pesos e duas medidas não podem ser usados nessa equação, devido ao fato de Lídice ter sido escanteada por ter sido candidata ao governo contra Rui Costa na metade do seu mandato. “Quando completou os oito anos, o então governador não se sentiu obrigado a mantê-la na majoritária, já que ela tinha disputado sua vaga na eleição anterior”, disse um deputado do PSD, ao justificar a troca ocorrida há oito anos.

Rei das ironias
Em vídeo publicado em suas redes nos últimos dias, Coronel ironizou a movimentação da cúpula do PT e disse não ter ninguém “para passar uma rasteira”. No sábado, ele publicou outro vídeo enquanto realizava uma corrida matinal ao lado da esposa Eleusa Coronel e foi irônico ao afirmar que tinha a “vantagem” de não ter ninguém “atrás” para “passar uma rasteira” durante a atividade. “Nada como fazer uma caminhada, com trote, de manhã, logo cedo, com sol baixo. E com uma vantagem grande, não tem ninguém atrás para me passar uma rasteira. E, na frente, também não estou enxergando ninguém”, afirmou Coronel. Logo na sequência, sua esposa afirmou que apenas ela estava à sua frente, para “protegê-lo”.

Profecia tomando forma
A profecia, até então só falada nos bastidores e divulgada no começo de abril pelo Portal M!, parece que começa a tomar forma publicamente. A união dos partidos da direita em torno da possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à presidência da República, com a bênção do ex-presidente Jair Bolsonaro, anima os mais pessimistas de centro e direita. Na última semana, o governador de São Paulo fez duras críticas ao governo Lula e afirmou que “muita gente em Brasília está perdida, sem saber o caminho, tomando decisões de forma irresponsável”. De acordo com ele, o grupo a que pertence “está unido, sabe o caminho e vai fazer a diferença. Tem um projeto para o Brasil”.

Unidade na direita
Nos bastidores, a candidatura presidencial de Tarcísio já é tratada como certa, já que dificilmente Bolsonaro vai conseguir reverter sua inelegibilidade. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já foi categórico: se Tarcísio for candidato, o centro-direita não lançará outro nome. “Caiado não sai, Ratinho não sai, Zema não sai. Vai ser Lula, ou quem ele indicar, contra Tarcísio”, reforçou.

Conjuntura pró Tarcísio
Para concorrer, Tarcísio teria de deixar o cargo de governador até o início de abril de 2026, seis meses antes do pleito — exigência da legislação eleitoral. O temor é que ele se torne alvo de ataques do clã Bolsonaro. Por isso, para fazer esse movimento de deixar a reeleição em São Paulo e disputar o Planalto, ele terá que receber o apoio público de Bolsonaro até o final desse ano, para não ter sombra nem entrar na linha de tiro dos aliados do bolsonarismo. Conta a favor dele o fato de ter forte aceitação em São Paulo, boa interlocução com o mercado, não assustar o centro político e, ao mesmo tempo, manter o apoio do bolsonarismo, que, sem Bolsonaro, não tem alternativas viáveis.
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