O Consórcio do Nordeste, presidido pela governadora Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), instalou a Câmara Temática de Políticas Para as Mulheres, que será liderada pela governadora Raquel Lyra (Pernambuco). A câmara terá como eixos prioritários áreas como gênero, raça, sustentabilidade, política do cuidado e fortalecimento da esfera pública.
A criação dessa instância de diálogo e cooperação reforçou o compromisso do Consórcio Nordeste, do governo de Pernambuco e de todos os estados da região com a promoção da igualdade de gênero e o respeito aos direitos das mulheres nordestinas.
O espaço será destinado à promoção de um diagnóstico da situação atual das mulheres no Nordeste, levando em consideração que a maioria da população da região é feminina (51,8%) – deste total, 53,4% chefiam os domicílios.
A taxa de analfabetismo das mulheres nordestinas é o dobro da média nacional (10,5%), a taxa de desocupação é de 53,3%, maior que a dos homens no Brasil, e o rendimento médio das mulheres ocupadas no Nordeste é 12% menor que o dos homens.
A instalação da Câmara foi considerada um marco histórico, reunindo todas as secretárias das Mulheres da região Nordeste, além da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), representada pela titular, Elisângela Araújo, destacou a importância dessa iniciativa para combater as violências e para elaboração de políticas efetivas.
“A criação da Câmara Temática de Políticas para as Mulheres representa um avanço significativo na luta pela igualdade de gênero e pela proteção dos direitos das mulheres. Teremos a oportunidade para troca de experiências, elaboração de estratégias conjuntas e a implementação de ações que visem garantir a segurança e o bem-estar das mulheres da nossa região”, declarou a secretária das Mulheres da Bahia, destacando ainda que é a primeira vez que câmara é criada especificamente para tratar das políticas voltadas para as mulheres.
“É uma iniciativa inovadora e um passo crucial para fortalecer a rede de proteção e promover a autonomia das mulheres nordestinas. Uma iniciativa muito necessária e que representa a união de esforços entre os estados nordestinos para enfrentar os desafios, fortalecer a rede de proteção e construir políticas públicas mais eficazes para nós, mulheres do Nordeste”, finalizou.
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