Sidônio Palmeira toma posse como ministro da Secom nesta terça-feira

O publicitário baiano Sidônio Palmeira tomará posse oficialmente, nesta terça-feira (14), como chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) . Em sua equipe, ele contará com Thiago César, escolhido para o cargo de secretário-executivo, reforçando sua estratégia de renovação na condução da comunicação do governo federal.

Apesar de sua nomeação ainda não ter sido publicada no Diário Oficial da União (DOU), ele já está trabalhando ativamente em diagnósticos e reuniões para identificar as principais demandas e desafios na área. O baiano entrará no lugar de Paulo Pimenta (PT-RS), que disse que tirará uns dias de férias e tratará sobre seu futuro com o presidente Lula após o descanso. O petista deve reassumir o seu mandato de deputado federal ou pode até mesmo ser deslocado para outra pasta no governo federal.

Focos e objetivos

Um dos focos principais do novo chefe da Secom é reestruturar a atuação das redes sociais da Presidência, segmento que vem enfrentando críticas frequentes por ser considerado pouco eficaz. Para isso, Sidônio tem mantido contato próximo com Brunna Rosa, secretária de Estratégia e Redes, que coordena os perfis oficiais do governo. Essa área é considerada sensível devido à participação ativa da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, que tem um papel de influência nas estratégias digitais.

Sidônio tem reiterado que seu objetivo inicial é compreender as razões pelas quais a comunicação do governo federal é frequentemente descrita como “analógica” e distante do público. Em suas primeiras declarações, ele garantiu que manterá o slogan oficial do governo, “União e Construção”. Contudo, já anunciou que novas campanhas publicitárias serão lançadas em breve, com mensagens complementares que buscam reforçar o diálogo com a sociedade, aprimorar a comunicação e transmitir de forma clara as ações e conquistas do governo.

Primeiras mudanças

Além de traçar novos rumos para a comunicação, Sidônio Palmeira já começou a promover mudanças internas na estrutura da Secom. Uma das alterações mais marcantes é a substituição de José Chrispiniano (PT), atual secretário de Imprensa, pelo jornalista Laércio Portela.

O petista, que tem uma longa trajetória de colaboração com o presidente Lula, foi informado de sua exoneração na última quinta-feira (9). Em nota, ele confirmou a decisão e disse que está avaliando os próximos passos de sua carreira profissional. Laércio Portela, que assumirá o lugar de Chrispiniano, já tem experiência no comando da Secom, tendo ocupado a chefia interinamente entre maio e setembro deste ano.

Principais desafios na Comunicação

A chegada de Sidônio Palmeira à Secom reflete um esforço do governo federal para modernizar sua comunicação e atender às expectativas da sociedade. Com a missão de aumentar a eficiência nas redes sociais, Sidônio busca criar um modelo de comunicação que seja mais acessível, dinâmico e em sintonia com as demandas contemporâneas.

Entre os desafios está o reposicionamento das redes do governo como ferramentas de interação efetiva, aproximando a população das políticas públicas e fortalecendo o diálogo com diversos públicos. A expectativa é que, sob sua liderança, a comunicação federal consiga superar críticas e se consolidar como um dos pilares da gestão do presidente Lula.

Anúncio de Sidônio no lugar de Paulo Pimenta 

A nomeação de Sidônio Palmeira para o comando da Secom foi anunciada, na última terça-feira (7). Publicitário experiente, o publicitário foi o estrategista por trás da bem-sucedida campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, além das campanhas ao governo da Bahia nos últimos anos. 

A troca era aguardada desde o início de dezembro, quando Lula fez críticas públicas à comunicação do governo sob o comando do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Segundo o presidente, apesar do número significativo de obras e programas sociais, a equipe atual de comunicação não tem conseguido traduzir esses resultados em popularidade. A mudança visa fortalecer a imagem do governo antes das eleições de 2026, quando Lula pretende buscar a reeleição ou apoiar um sucessor.