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PT deve disputar pelo menos 110 prefeituras na Bahia nas próximas eleições

Éden Valadares, presidente estadual do PT, e Zé Neto, deputado federal e pré-candidato a prefeito de Feira de Santana
Segundo Éden, número ainda não foi fechado, mas partido já validou 47 pré-candidaturas a vice e chapa de vereadores em 200 municípios

O PT deve disputar em pelo menos 110 prefeituras na Bahia nas próximas eleições em outubro. De acordo com o presidente estadual da legenda, Éden Valadares, o número ainda não foi fechado, mas o partido já tem como validadas ainda 47 pré-candidaturas a vice e chapa de vereadores em 200 municípios baianos.

Hoje, o PT baiano comanda 49 cidades baianas e espera dobrar esse número a partir do próximo ano. Para isso, segundo Éden, diretórios municipais ou comissões provisórias foram organizadas em 394 municípios baianos.

“Com a vitória do Lula, com a vitória aqui na Bahia, derrotar ACM Neto com Jerônimo, a nossa expectativa é de crescimento no PT, crescimento da Federação, que agora a gente vai para a primeira eleição municipal federado. Nós, PCdoB e PV ainda não temos um número cabalístico, mas a Federação deve apresentar mais de 200 candidatos a prefeito, e esperamos protagonizar o número de prefeitos na Bahia. Ou seja, o PSD está despontando como quem vai disputar bem, o Avante, talvez o União Brasil, talvez o PP, nós da Federação esperamos tá ali coladinho, senão o primeiro, o segundo, encabeçando a política na Bahia”, disse o petista em entrevista ao programa Radar BNews, do site BNews, nesta quarta-feira (22).

Atualmente, o PSD lidera o ranking no número de prefeitos baianos, com 125. Segundo levantamento feito Portal 360, até novembro do ano passado – antes, portanto, da janela partidária que permitiu o troca-troca de legendas –, o PP apareceria em segundo lugar, com 70 prefeitos. Em terceiro, então, aparece o PT com 49 prefeitos, segundo dados divulgado, nesta quinta-feira (23), pela assessoria do partido ao Portal M!. Já o Avante e União Brasil estariam em quarto e quinto lugar, com 38 e 37 prefeituras respectivamente, conforme dados de 2023.

Principais apostas do PT

Como a maioria dos principais partidos, o PT tem como prioridade comandar os maiores colégios eleitorais. A exceção seria Salvador, onde tem como pré-candidato o aliado e vice-governador Geraldo Jr (MDB), mas tudo indica que poderá emplacar a vice na chapa do emedebista com a médica infectologista Ceuci Nunes. Candidata a deputada estadual com 20 mil votos na última eleição em 2022, ela é ex-diretora do Hospital Couto Maia e atual presidente da Bahiafarma. Ligada ao deputado federal Jorge Solla, a petista teria desbancado a secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, que era apontada como favorita para a vice do emedebista.  

Em Feira de Santana, segundo maior colégio eleitoral, o partido acredita que dará certa, desta vez, a quinta tentativa do deputado federal Zé Neto (PT) de comandar a Princesinha do Sertão. Com apoio de dez partidos (PT, PCdoB, PV, PP, PSB, PSD, MDB, Avante, Podemos e Psol), o petista acredita que conseguirá desbancar o ex-prefeito Zé Ronaldo (União Brasil), que já comandou o município por quatro vezes (2000, 2004, 2012 e 2016) – inclusive, derrotou o petista na disputa dos três últimos mandatos. Atualmente, Feira é comandada pelo ex-deputado estadual e federal Colbert Martins (MDB), que foi reeleito em 2020, derrotando Zé Neto no segundo turno.

Outra aposta do PT é voltar ao comando de Vitória Conquista e Camaçari, terceiro e quarto maiores colégios eleitorais. Em Conquista, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e Éden têm um impasse com dois pré-candidatos a prefeito de sua base na disputa. Em entrevista ao Portal M!, Jerônimo afirmou que está trabalhando pela união e o deputado federal Waldenor Pereira (PT) está “dialogando com o MDB”, que lançou, em março, a pré-candidatura da vereadora Lúcia Rocha (MDB) e do vereador Delegado Marcus Vinicius (Podemos) como seu vice.

Já em Camaçari, a corrida para comandar o município da Região Metropolitana de Salvador (RMS) promete, inclusive, ser acirrada e ir para o segundo turno, novidade neste pleito eleitoral já que aumentou de 21 para 23 vereadores e passou a ter a possibilidade de dois turnos. Na primeira pesquisa AtlasIntel/A Tarde realizada na cidade e divulgada no último dia 8 de abril aponta empate técnico entre o ex-prefeito Luiz Caetano (PT) e o presidente da Câmara Municipal, vereador Flávio Mattos (União Brasil). No primeiro cenário pesquisado, o ex-secretário estadual de Relações Institucionais, que já comandou Camaçari por quatro mandatos (1985-1988, 2005-2008, 2008-2012 e 2012-2015), lidera com 50,3% das intenções de voto contra 43,8% de Matos, que é apoiado pelo atual prefeito reeleito Elinaldo Araújo (União Brasil). Já o radialista Oswaldinho Marcolino (presidente municipal do MDB) tem apenas 1,7%.

E ainda tem Lauro de Freitas, quinto maior colégio eleitoral, onde o PT pretende permanecer no comando. A atual prefeita é Moema Gramacho, que está sem seu quarto mandato (2005 – 2009 – 2017 – 2021) e lançou seu ex-secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Antonio Rosalvo (PT), como pré-candidato. No entanto, a oposição bateu o martelo, vai sair unida com a vereadora Débora Regis na cabeça de chapa e promete reeditar a disputa em 2012, quando Moema não conseguiu emplacar seu sucessor e correligionário João Oliveira e o médico Márcio Paiva (PP) acabou sendo eleito.  

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