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Após demissão na Petrobras, FUP espera que nova presidente ajude a cumprir programa do governo Lula

Magda Chambriard foi convidada para assumir a presidência da estatal nesta terça-feira (14)

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) se pronunciou, nesta quarta-feira (15), sobre a necessidade da Petrobras continuar cumprindo o programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a demissão de Jean Paul Prates, da presidência da estatal.

Em nota à imprensa, a Federação, diz respeitar a decisão soberana do presidente Lula, e agradece o relacionamento construtivo desenvolvido ao longo dos últimos anos com Jean Paul Prates à frente da maior empresa do país.

Ainda em nota, a FUP deseja que a boa relação com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, seja mantida em favor do fortalecimento, desenvolvimento do país e dos trabalhadores.

“As ideias de Magda, especialista da área, coadunam com as da FUP em relação ao fortalecimento da indústria naval nacional, conteúdo local, ampliação do parque de refino. Esperamos que a nova presidente ajude a cumprir o programa do presidente Lula, enfrentando os desafios que há junto ao mercado e a uma parte da corporação da Petrobrás, que joga contra a implementação desse programa que foi aprovado pela população nas urnas”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

Deyvid destacou a necessidade de atenção à agenda interna da categoria petroleira – que vinha sendo tocada pela atual administração -, relativa à solução de problemas estruturantes do plano de previdência e do plano de saúde, com descontos atuais de até 100% do salário dos trabalhadores da ativa e aposentados, além de outros temas da categoria, como o novo plano de cargo e salário e reposição de efetivo.

“Na gestão de Prates, a relação com o movimento sindical e os trabalhadores  melhorou infinitamente, com a reconquista de parte de direitos perdidos  ao longo dos últimos anos em negociações coletivas. Houve a mudança da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), avanços no capítulo de energia, que ajudamos a construir e a  diagnosticar durante a equipe de transição do governo Lula, da qual Prates fez parte no comando do subgrupo de petróleo e gás”, ressalta Bacelar.

Para a FUP, também são necessários avanços nas obras de expansão da refinaria Abreu e Lima (Rnest/ PE), Gaslub, (RJ), reabertura das fábricas de fertilizantes, como a Fafen do Paraná, e conclusão da fábrica de Mato Grosso do Sul.

“Os prazos para a conclusão dessas obras estão muito distantes, 2028 e 2029. O que justifica uma refinaria que falta apenas 30% para ser concluída, como a Rnest, inaugurar só em 2028?”, indaga ele. A Petrobras tem potencial de ser pioneira mundial no desenvolvimento de tecnologia  verde, gerando empregos no Brasil. Mas tem gente na gestão da empresa que não quer que a Petrobrás invista em transição energética, que não concorda com o projeto do governo. Essas pessoas não deveriam estar na administração da empresa”, frisou o coordenador-geral da FUP.

 

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