Fundada em 29 de dezembro de 1988, no bairro de São Caetano, em Salvador, a Associação Beneficente Cultural Fé e Vida surgiu com o intuito de ajudar a amenizar problemas de infraestrutura e saneamento da região. A partir do seu trabalho, o grupo teve as suas demandas atendidas pelo poder público e identificou, com o passar dos anos, o surgimento de uma lacuna maior no bairro: a falta de oportunidade de estudo para jovens e crianças. Com isso, em 1991, surgiu a Escola Comunitária Construindo a Vida.
Além de fornecer ensino fundamental gratuito para crianças de 4 e 5 anos do bairro, a instituição oferece, em parceria com o SESC, cursos profissionalizantes de empreendedorismo comunitário, pedraria, tranças com mega e tortas. A ideia, segundo o gestor da Associação Fé e Vida, Sidney Santos, é dar possibilidades para os jovens da comunidade, além de garantir uma fonte de renda futura para eles.
“Temos iniciação esportiva, com futsal, vôlei, basquete e capoeira, e temos um curso de arte e movimento, que é uma oficina de arte, e se mistura com uma oficina de dança, e paralelo a isso, temos o acompanhamento com os adolescentes, em que damos um acompanhamento social, para que os adolescentes, se insiram nessa sociedade sendo protagonistas, criar uma perspectiva de futuro diferente”, contou o gestor, que acompanha de perto, diariamente, as necessidades da instituição.
Necessidades diárias
A auxiliar administrativa da Associação, Elke Arouca, já foi uma das beneficiadas pelo projeto. Conhecendo há anos a rotina da Escola Comunitária, falou ao Portal M! sobre as necessidades da instituição, como a luta contra a evasão escolar de alunos, e a constante busca por parceiros para apoiar a causa.
“São muitas demandas, espontâneas e fixas, por exemplo, contato com os pais, desde a matrícula e no dia a dia, são alunos que percebemos a evasão, que faltam, e nós procuramos, perguntamos o motivo pelo qual estão faltando, fazemos esse serviço de captar recursos com parceiros, doações, já que muitas crianças chegam aqui sem refeição mesmo”.
Elke pontuou que, para dar conta da rotina da escola, a captação de recursos é essencial para garantir a alimentação das crianças que a frequentam, nem como das suas famílias, pois são pessoas em situação de vulnerabilidade. “Captamos esses recursos para garantir que elas tenham esse alimento. São crianças vulneráveis da comunidade, de 3 a 5 anos, da educação infantil, e temos também os adolescentes, e mesmo com 18 ou 20 anos, que possuem filhos que já estudam aqui”, explicou.
Aluna do projeto, a jovem Eliane Nascimento está na Associação desde os quatro anos. Realizando atualmente um dos cursos profissionalizantes do local, ela destacou o acolhimento “extraordinário” da unidade. “Sou participante desde os meus quatro anos, e estou aqui até a fase adulta. A instituição é de acolhimento, então ela está aberta à comunidade em geral e as pessoas, trazendo também o amor, porque não é só trabalhar, mas também é dar amor naquilo que faz”, falou.
Como ajudar
Você pode contribuir para Lar da Criança doando através do Pix: [email protected]. Para mais informações sobre o projeto ou sobre outras formas de doar, acesse o site da instituição clicando aqui ou acesse a página oficial da Associação no Instagram: @abcfeevida.
