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Muniz diz que PSDB está de ‘portas abertas’ para Duquinho

Muniz diz que PSDB está de ‘portas abertas’ para Duquinho
Filho do ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães é cotado para disputar eleições em 2026 na Bahia

Após especulações, o presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), afirmou, nesta segunda-feira (27), que o partido está de ‘portas abertas’ para o empresário Luís Eduardo Magalhães Filho, mais conhecido como Duquinho Magalhães, decidir ingressar na política. O filho do ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães (falecido em 1998) e primo do vice-presidente nacional do União Brasil, ex-prefeito ACM Neto, é cotado para disputar as eleições em 2026 na Bahia.

O tucano divulgou em sua conta oficial no Instagram uma foto de Duquinho ao lado de seu avô, ex-senador Antonio Carlos Magalhães (ACM), falecido em 2007; do ex-governador da Bahia, Paulo Souto (União Brasil); do ex-senador Waldeck Ornelas; e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na legenda da foto, Muniz afirma que a imagem representa que o empresário “para conviver na política não precisa estar dentro dela”.

“Hoje tive notícias de que Luís Eduardo Magalhães Filho foi sondado para iniciar uma carreira política concorrendo ao mais alto cargo público do nosso Estado. (…) Recentemente tive o prazer de dialogar com ele sobre importantes projetos aprovados na Câmara Municipal de Salvador. Se quiser vir para a vida pública o PSDB está de portas abertas, o receberá com o tapete azul e amarelo”, destacou o tucano na rede social.

Segundo a coluna O Carrasco, do jornal A Tarde, desta segunda-feira, políticos e empresários de Salvador e de São Paulo promoveram o nome de Duquinho, 42 anos, na tentativa de desbancar a hegemonia petista no Governo do Estado. Ele teria sido

sondado especialmente por seu carisma e sua família ligada à política. No entanto, o empresário não deu uma resposta definitiva se aceitaria a proposta ou iria recusar. Fontes próximas que presenciaram a reunião disseram que ele passou a se interessar pela ideia de se candidatar, mas que não estava nos seus planos, deixando um suspense.

Após as especulações de que Duquinho poderia disputar o governo estadual nas próximas eleições em 2026, o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) demonstrou surpresa e descontentamento em resposta à coluna do jornal A Tarde. “Só pode ser brincadeira isso. Cai de paraquedas. A oposição não está precisando de líderes”, bradou Sanches. O comentário do parlamentar levantou a especulação de que Neto teria se incomodado com a notícia.

Luís Eduardo Magalhães

É válido lembrar que Luís Eduardo Magalhães era o pupilo de ACM e, tido como moderado e apaziguador, era amigo até de opositores de seu pai no Congresso Nacional. Sua morte precoce deixou uma lacuna na política baiana, já que ele iria se candidatar ao governo estadual na época. ACM Neto só começou a ser considerado herdeiro político pelo seu avô após o episódio triste de seu tio, apesar de ter ingressado na política desde muito jovem. 

Em 2022, foi eleito a deputado federal, seu primeiro cargo público disputado, sendo reeleito em 2006, mas o mandato foi interrompido com a vitória de sua candidatura a prefeito de Salvador em 2008. Ele comandou a capital baiana até 2012, quando conseguiu emplacar seu sucessor, seu então vice Bruno Reis (União Brasil) a prefeito de Salvador.    

Hegemonia na Bahia

Na última eleição de 2022, ACM Neto disputou, pela primeira vez, o Governo da Bahia, mas acabou perdendo a disputa para o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT). A hegemonia do “carlismo” foi interrompida em 2006, quando o ex-ministro petista Jaques Wagner venceu, surpreendentemente ainda no primeiro turno, o então governador Paulo Souto (pelo antigo PFL) que tentava à reeleição.

Desde 1991, os quatro governadores do Estado eram filiados ao extinto PFL: ACM, César Borges e Souto, que se vencesse na época daria 20 anos de controle ao PFL no Estado. A partir de 2007 até o momento, a hegemonia política na Bahia mudou de partido e passou a ser do PT, que teve dois mandatos consecutivos de Wagner e do atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, sendo sucedido por Jerônimo, seu então secretário estadual de Educação.

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Foto:Reprodução/Instagram @carlosmuniz.oficial