Nesta segunda-feira (27), o ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a Polícia Federal a ouvir o depoimento do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que foi preso por ser um dos suspeitos de ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco.
A PF terá cinco dias para realizar a oitiva e Moraes exigiu que os investigadores devem assegurar o direito de não incriminação. A decisão do ministro aconteceu depois de o delegado responder à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo “pelo amor de Deus” para prestar depoimento.
Além de Rivaldo Barbosa, que está detido no presídio federal de Brasília, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal, Chiquinho Brazão, também foram acusados por homicídio e organização criminosa pela PGR.
De acordo com as investigações, Rivaldo recebeu orientações dos irmãos Brazão para exigir os disparos contra Marielle e o seu motorista, Anderson Gomes, que também faleceu no caso. Por outro lado, a defesa do ex-chefe da Polícia Civil questiona os depoimentos do ex-policial militar Ronnie Lessa, que declarou em delação premiada a participação dos suspeitos pelo crime.
Leia também:
Alexandre de Moraes prevê conclusão de inquéritos de Bolsonaro e Marielle Franco em dois meses
Supremo prorroga validade das cotas raciais em concursos públicos
Moraes suspende processos baseados em norma do CFM que dificultava aborto legal