O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, criticou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD). O seu depoimento aconteceu, nesta terça-feira (13), em resposta ao tratamento que o governo dá ao Estado, depois das enchentes que invadiram diversas cidades gaúchas.
De acordo com Mercadante, “a polarização política está corroendo os valores republicanos”. Além disso, ele destacou que, em caso de algum ajuste, o mais correto é que se peça uma audiência para chegar a um acordo.
Durante coletiva, o presidente do BNDES ressaltou que “merece um agradecimento” do governador do RS, por todo o esforço que fez em prol de auxiliar o estado gaúcho.
“O servidor do BNDES está virando noites e finais de semana. O que a gente espera é pelo menos um elogio, um agradecimento, mas não é isso que a gente tem visto. Você pode ter disputa política em outro patamar. Eu acho que os servidores do BNDES merecem um agradecimento das autoridades do Rio Grande do Sul. Especialmente do governador, que até agora não veio”, declarou.
O programa emergencial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou R$ 6,3 bilhões de uma linha total de R$ 15 bilhões. Ou seja, 42,1% dos recursos disponíveis.
Da mesma forma, o crédito solidário promoveu 2.046 operações para fornecer a garantia de empréstimos ao Rio Grande do Sul. Isso gerou um total de R$ 134,9 milhões.
Portanto, Mercadante informou que o apoio do BNDES ao RS já chega aos R$ 9,7 bilhões, sendo que, somente em suspensão de parcelas de financiamentos são R$ 1,7 bilhão. “Suspendemos todo o pagamento das dívidas sem acumular juros para todos os municípios do Estado”, acrescentou o presidente do BNDES.
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