Lula defende programa de renegociação de dívidas estaduais e critica governadores: ‘ingratos’
Presidente rebate oposição e classifica regulação fiscal como avanço para Estados e União
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou palavras ao criticar os governadores que reprovaram o programa de renegociação das dívidas estaduais, sancionado recentemente. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto que oficializou a reforma tributária, realizada na última quinta-feira (16), Lula classificou os críticos como “ingratos” e defendeu a medida como essencial para a equilíbrio financeiro do país.
Críticas e polêmicas envolvendo Estados endividados
Segundo Lula, a nova legislação busca disciplinar o pagamento das dívidas dos Estados mais endividados e garantir a justiça fiscal. Ele destacou a contribuição do Congresso Nacional e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na aprovação da lei. Entretanto, lamentou que os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Cláudio Castro (PL-RJ) e Eduardo Leite (PSDB-RS) – todos com gestões opositoras ao governo federal – tenham expressado insatisfação com o texto sancionado.
“Os governadores, que são os cinco maiores, que devem mais, que são ingratos porque deveriam estar agradecendo ao governo federal e ao Congresso Nacional. Alguns fizeram críticas, porque alguns não querem pagar. E a partir de agora, vão pagar”, afirmou Lula, enfatizando que sua gestão não descuidará de Estados que mantêm suas contas em dia.
Haddad rebate declarações do governador Romeu Zema
A polêmica também se estendeu às redes sociais, onde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu às críticas feitas pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O mineiro acusou o governo federal de obrigar os Estados a ampliarem repasses para sustentar “privilégios e mordomias”. Haddad, por sua vez, rechaçou as acusações e apontou incoerências na postura do governador.
“O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade”, escreveu Haddad no X (antigo Twitter).
O petista destacou que Zema participou de reuniões com a Fazenda e apresentou uma proposta de renegociação inferior à sancionada. Além disso, Haddad acusou o governador de omitir que o veto presidencial apenas impediu que a União assumisse dívidas estaduais com bancos privados.
Salário e contradições em Minas Gerais
Outro ponto levantado pelo ministro foi a recente decisão de Zema de sancionar um aumento de 298% no próprio salário, mesmo enquanto Minas Gerais integra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que restringe gastos. “Ele critica préstimos e mordomias, mas aprova um aumento milionário no próprio salário durante a vigência do RRF”, alfinetou Haddad.
Reforma tributária e previsão de frutos futuros
Na mesma cerimônia, Lula destacou os avanços proporcionados pela reforma tributária, afirmando que os benefícios das medidas adotadas serão colhidos nos próximos anos. Apesar de lidar com um Congresso majoritariamente adverso, o presidente ressaltou que sua administração já alcançou importantes vitórias legislativas.
“Não tive problemas em conviver com um Congresso que parecia adverso. Os frutos das nossas decisões serão colhidos em 2025 e se tornarão ainda mais expressivos a partir de 2027”, previu o presidente, confiante na consolidação de um modelo de governança mais justo.
União de esforços e desafios futuros
Com a regulamentação do programa de dívidas dos Estados, o governo federal espera fortalecer o pacto federativo e promover uma gestão mais equilibrada entre União e entes federados. Contudo, os embates entre oposição e situação seguem como desafio para a consolidação das metas fiscais e tributárias. O tom adotado por Lula e Haddad reflete a tensão crescente no cenário político, enquanto o país busca alternativas para superar desigualdades e garantir maior eficiência na administração pública.
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