Indicações ao Banco Central ainda em agosto dependem de decisão de Lula, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que as indicações ao Banco Central ainda neste mês de agosto dependem de uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Haddad mencionou que se encontrará com Lula para discutir o resultado da conversa entre ele e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o assunto.

As declarações foram feitas na tarde desta quarta-feira (21), após a assinatura do Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes, no Palácio do Planalto. O ministro afirmou que Lula deveria discutir as indicações para o BC com Pacheco.

O encontro entre Lula e o senador ocorreu na terça-feira (20). “Vou saber do resultado da conversa”, disse Haddad a repórteres.

Como já mostrado pelo Portal M!, o governo enxerga uma oportunidade para votar as indicações nas próximas semanas, considerando o esforço de votação do Congresso no início de setembro, antes das eleições municipais.

O Executivo precisa enviar o nome do substituto do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e de dois diretores, cujos mandatos terminam no fim deste ano. O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, é o favorito para suceder Campos Neto. O nome de Galípolo ainda não foi confirmado por Lula, mas seu favoritismo tem crescido.

Se Galípolo for indicado para a presidência da instituição, o governo terá que escolher outro diretor para preencher a vaga deixada por ele. No entanto, as indicações não precisam ser feitas simultaneamente.

Com base nessa avaliação, o chefe do Executivo federal planeja definir o novo presidente do banco ainda em agosto, mas deseja alinhar com Pacheco para evitar desgaste ao indicado durante a espera pela sabatina. Em meio a essa busca, fontes da equipe econômica informaram ao Broadcast que ainda não há decisão sobre os novos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) e que convites ainda não foram enviados.

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