Grupo de filantropia leva propostas ao Planalto antes do encontro do G20

O setor de filantropia do G20, que integra o C20 (grupo da sociedade civil), apresentará, nesta quinta-feira (23), ao Palácio do Planalto um comunicado final com expectativas de influenciar a declaração dos líderes do G20, prevista para novembro. A filantropia para o desenvolvimento sustentável foi um dos temas centrais discutidos, alinhando-se com os pilares ambientais da presidência do Brasil no G20.

O secretário-geral também comemorou a realização do G20 Social, uma reunião inédita que ocorrerá no Rio, dias antes da cúpula de líderes. “O que tiver de ser considerado, já foi considerado nas reuniões e comunicados, mas é um momento politicamente importante de se estar”, avaliou, lembrando que o evento também ocorre paralelamente à COP29, no Azerbaijão.

França destacou que as organizações filantrópicas têm ganhado mais espaço nos debates sobre a destinação de recursos. Ele também mencionou estar em contato com representantes da África do Sul, próximo país a presidir o G20, na tentativa de replicar essa inclusão de filantropia nas discussões.

O secretário-geral enfatizou a importância de os governos considerarem a filantropia como um recurso adicional para o desenvolvimento sustentável. Embora não resolva problemas como a extrema pobreza ou a fome, França argumentou que é uma contribuição relevante. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), são necessários US$ 31 bilhões para erradicar a extrema pobreza global até 2030, enquanto a filantropia brasileira movimenta cerca de US$ 1 bilhão.

Assim como a filantropia, outros setores do G20 têm apresentado suas recomendações ao governo brasileiro. Em agosto, o B20 (setor de negócios) entregou a Lula 24 propostas focadas em áreas como finanças, infraestrutura, transição energética e sistemas alimentares, com o intuito de impactar as decisões no encontro final do G20.