A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos ao Supremo Tribunal Federal (STF), por incitação à golpe de Estado. O militar exerceu função de confiança no Gabinete de Segurança de Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro e fez publicações, no dia 8 de janeiro de 2023, data dos atos golpistas, defendendo que coronéis com comando de tropa se rebelassem e ‘entrassem no jogo, desta vez do lado certo’.
A acusação sob sigilo no STF envolve publicações do militar no Twitter. Ele citou o então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, incitando-o a liderar um golpe de Estado. No mesmo dia, o coronel da reserva fez outra postagem com ameaças ao recém-empossado ministro da Justiça, Flávio Dino, dizendo: “Sua purpurina vai acabar”.
Placídio foi alvo de investigação militar, que concluiu pela existência de autoria e materialidade do crime de ‘incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar’.
Os autos, no entanto, foram enviados à Justiça Federal para análise de crime contra a honra de Flávio Dino. Depois, a Justiça Militar reconheceu sua incompetência para atuar no caso e o processo foi ao STF e distribuído ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes em razão da conexão com o inquérito do 8 de janeiro.
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