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CMS celebra 40 anos de tombamento do Terreiro Casa Branca

CMS celebra 40 anos de tombamento do Terreiro Casa Branca
Proposta pela vereadora Marta Rodrigues (PT), sessão especial será realizada, nesta terça-feira, às 18 horas, no plenário Cosme de Farias

A Câmara Municipal de Salvador (CMS) realizará, nesta terça-feira (4), uma sessão especial em homenagem aos 40 anos de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Terreiro Casa Branca, na Avenida Vasco da Gama, em Salvador. Ele é considerado um dos mais antigos e respeitados santuários da religião dos orixás do Brasil. O evento ocorrerá, por volta de 18 horas, no plenário Cosme de Farias, com transmissão ao vivo pela TV CAM (canal aberto 12.3), pela Rádio CAM (105.3 FM) e pelas redes sociais.

De autoria da vereadora Marta Rodrigues (PT), a sessão relembrará as lutas que levaram ao tombamento do terreiro e mostrar a importância de valorizar as culturas de matrizes africanas como instrumento de empoderamento do povo negro e de combate ao racismo religioso. “Também é um momento de celebração da história de todos os terreiros”, ressaltou a petista.

A vereadora lembra que o terreiro – fundado na primeira metade do século XIX, sendo um dos mais antigos terreiros afro-brasileiros na capital baiana e também no Brasil – é um exemplo sem fronteiras do empoderamento e de resistência na batalha por direitos dos povos negros e da liberdade religiosa. Segundo Marta, é do terreiro Casa Branca do Engenho Velho que descendem outros templos famosos como o Gantois e o Axé Opô Afonjá, da saudosa mãe Stella de Oxóssi.

“O tombamento da Casa Branca deu origem a centenas de outros terreiros, por todo o país. Não é à toa que o poeta Francisco Alvim, evocando Edson Carneiro, chamou a Casa Branca de ‘Mãe de todas as casas’”, destacou a parlamentar.

O ogã d’Oxum da Casa Branca, escritor e diplomata da ONU, Gerson Brandão, afirma que a sessão especial é importante por reconhecer e incentivar a luta de todos os terreiros e de toda a comunidade das religiões de matrizes africanas. “Por que para nossas comunidades, celebrar a história em espaços de poder, significa uma visibilidade que nem sempre temos. E visibilidade também significa proteção contra todas as formas de racismo e discriminação”, declarou.

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Reprodução/Instagram @terreirocasabranca