Evo Morales sofre ataque a tiros em suposta ação de prisão
Rádio local informou que 14 tiros foram disparados contra carro de ex-presidente da Bolívia
O ex-presidente Evo Morales, que atua como líder da oposição na Bolívia, publicou, neste domingo (27), um vídeo nas redes sociais relatando uma tentativa de prisão e um ataque a tiros. Em meio às crescentes tensões políticas entre seus apoiadores e o governo do presidente Luis Arce, o carro de Morales foi alvo de disparos.
O ex-presidente aparece nas imagens ao lado do motorista. Em um telefonema, ele declara: “estão atirando em nós, estão nos detendo, rapidamente, mobilizem-se”. É possível ver marcas de tiros no veículo e o motorista aparece ferido, com sangue na cabeça e no peito. A Rádio Kawsachun Coca informou que 14 tiros foram disparados contra o carro de Morales.
“O carro em que cheguei tem 14 tiros. Me surpreenderam. Felizmente, hoje, salvamos nossas vidas (…). Os que atiraram estavam encapuzados (…). Isto foi planejado, era para matar Evo”, afirmou durante entrevista.
Para impedir a prisão de Morales, agricultores que o apoiam continuam bloqueando estradas na Bolívia. Ele é investigado por suposto abuso de uma menor durante seu governo em 2015.
O presidente Luis Arce busca conter os bloqueios, mas o incidente pode agravar os conflitos e a já difícil situação econômica enfrentada pelos bolivianos. As interdições nas estradas aumentaram a falta de combustível, resultando em longas filas em postos de gasolina. Os preços de produtos básicos também subiram nos mercados.
Desde 14 de outubro, camponeses organizam os bloqueios, exigindo o “fim da perseguição judicial” a Morales, investigado por “estupro e tráfico de pessoas”. O primeiro indígena a governar a Bolívia não compareceu a uma intimação do Ministério Público do departamento de Tarija para depor, o que pode resultar em sua prisão.
Entenda o conflito
O ex-presidente da Bolívia declarou, neste último sábado (26), que os bloqueios promovidos por seus simpatizantes continuarão. Já se passaram quase duas semanas de mobilizações, com confrontos entre policiais e camponeses, que resultaram em mais de dez feridos.
“O povo são e honesto não se vende, nem se rende. A luta [bloqueios e protestos] vai continuar, o povo não se rende”, afirmou durante entrevista a rádio Kawsachun Coca. “Lucho [o presidente Luis Arce] deve respeitar o povo e resolver os problemas econômicos que o povo boliviano tanto está sofrendo neste momento”, complementou o ex-presidente.
Os conflitos entre policiais e apoiadores de Morales durante as tentativas de desbloqueio resultaram em 14 agentes feridos e 44 civis detidos. Os confrontos mais intensos ocorreram em Parotani, na rota entre Cochabamba e La Paz. O presidente Arce elogiou o trabalho da polícia ao liberar “pelo menos 12 pontos” de bloqueio e afirmou que “não permitirá que o interesse de uma pessoa se sobreponha ao bem-estar coletivo”.
“Nosso governo continuará executando ações para defender a segurança de todos os bolivianos, restabelecer o direito constitucional ao trânsito livre”, disse Arce em publicação no ‘X’ (antigo Twitter). O governo mobilizou mais de 1.700 policiais e 113 veículos para desbloquear as vias.
De acordo com um relatório da Administradora Boliviana de Rodovias (ABC), existem 16 pontos de bloqueio no país, a maioria em Cochabamba, reduto de Morales. As interdições nas estradas acentuaram a escassez de combustível e geraram longas filas em postos de gasolina. Os preços dos produtos básicos dispararam nos mercados.
Confira o vídeo publicado por Evo Morales:
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