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Mãe Tai diz que a umbanda “embranqueceu” e afirma que “a igualdade é o caminho da união”

Líder do Terreiro Cumoa pede compreensão para a importância da harmonia na superação das  barreiras de cor ou raça

 Mãe Tai, líder espiritual do Terreiro de Umbanda Cumoa, é branca. O fato pode causar estranhamento em quem erroneamente acredita que as religiões de matriz africana são lideradas apenas por negros. Em entrevista ao programa Sobretudo, Portal M!, ela compartilhou sua visão sobre o fenômeno do “embranquecimento” na religião de 155 anos de existência.

Tatiane Macedo, a Mãe Tai, enfatizou a complexidade da discussão atual sobre o embranquecimento na Umbanda, descrevendo-a como “uma questão complicada”. Ela salientou a importância de focar no amor, na celebração da vida e na fé, sem se prender a barreiras de cor ou raça.

“Quando a gente vai estudar história e compreendemos que hoje vivemos toda uma questão de conscientização do racismo, desse apagamento de tudo que a gente vive em relação aos nossos irmãos negros, do povo originário também, entendemos que existe também um pouco dentro da história da Umbanda, um embranquecimento”, pontuou a líder religiosa.

Mãe Tai reforçou a questão buscando uma perspectiva de igualdade e união entre os seres humanos, independentemente de sua origem. Ela observou a complexidade do debate, que abarca tanto o fenômeno do ‘embranquecimento’ quanto a aceitação de brancos na Umbanda.

“Existe o embranquecimento da umbanda, mas também existe essa permissão para que hoje brancos possam participar. Mas eu já consigo olhar com outro olhar, um olhar de igualdade, de a gente tentar unir a raça humana, o ser humano, de qualquer forma”, ressaltou Tai Macedo.

Preconceito

Indagada sobre a existência de preconceito e intolerância dirigidos à Umbanda, Mãe Tai aborda essa discussão ao mencionar que o preconceito não parte exclusivamente de outras religiões, mas que está vinculada à individualidade de cada pessoa.

“Eu acho que o preconceito parte de você não conhecer, né? Querer entender o que é do outro. Então, eu não posso falar sobre a religião católica porque eu não a conheço. Eu não posso falar de uma religião que eu não conheço. Então, eu acho que os grandes problemas estão nas pessoas. E esse preconceito, esses conceitos preconcebidos, acabam ficando muito mais fortes e muito mais gritantes”, pontuou Mãe Tai. 

Confira na íntegra o episódio do “Sobre Tudo”:

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