Jerônimo diz que vitória de Caetano em Camaçari é da base e alfineta Neto: ‘Quer ser o dono do latifúndio’

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou, nesta segunda-feira (28), que a vitória de Luiz Caetano (PT) em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi de toda sua base aliada. Durante a inauguração do voo direto Salvador – Paris, ele também alfinetou seu principal opositor, o vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, ao dizer que, na oposição, só “tem um”, que quer ser o “dono do latifúndio”.

Jerônimo enfatizou que as conquistas do governo não pertencem apenas a ele, mas resultam do trabalho coletivo de diversos líderes políticos: “A vitória de ontem não foi de Jerônimo. Foi de Rui, foi de Lula, foi de Wagner, foi de Otto, foi de Lídice, foi do PCdoB. Então, é diferente. Aqui, a vitória ou o peso é distribuído como um time”, afirmou o governador, se referindo a vitória do PT no segundo turno em Camaçari com a eleição de Luiz Caetano.

Jerônimo também contrastou o estilo colaborativo de sua gestão com o comportamento do adversário, sugerindo que, do outro lado há uma centralização do poder. Além disso, o governador criticou a forma como aliados são tratados na oposição.

“Lá só tem um que quer ser o dono, quer ser o cacique, quer ser o coronel. Então, quando ele apanha, ele apanha, ou quando ele quer ser dono, ele quer mandar sozinho. Então aqui é diferente. E aqui nós acolhemos a todos. Lá não. Vai ter o costume de empurrar alguns parceiros, como fez com o Zé Ronaldo, empurrou de cima da carroceria. Então a gente não trabalha assim, a gente trabalha com abraços.”, declarou.

Para Jerônimo, a política deve ser marcada pela abertura e pelo respeito mútuo, com espaço para todos os aliados e diálogo, mesmo com aqueles que não o apoiaram nas eleições. “Mesmo aqueles que não votaram em mim terão um lugar de diálogo. A política é isso. Hoje a gente está aqui, amanhã pode não estar”, acrescentou.

O governador concluiu que, o peso da derrota do presidente da Câmara Municipal de Camaçari, Flávio Matos (União Brasil) é uma responsabilidade pessoal de Neto, e seria resultado de um estilo de liderança que, segundo ele, busca monopolizar o poder. “Então eu quero dizer que essa vitória cai nas costas dele porque ele quer ser o dono do latifúndio”, finalizou Jerônimo.