Reajustes salariais em novembro registram menor ganho real de 2024
Alta da inflação pressiona negociações e reduz reajustes acima do INPC no penúltimo mês do ano
O Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revelou que novembro apresentou o menor ganho real do ano nos reajustes salariais. O reajuste mediano foi de 5,0%, enquanto o aumento médio chegou a 5,3%. Com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 4,6% no período, o ganho real mediano ficou em apenas 0,4%. O cenário reflete o impacto da inflação sobre as negociações coletivas, que passaram a enfrentar dificuldades crescentes para alcançar aumentos significativos acima do índice inflacionário.
Queda nos reajustes acima do INPC
Em novembro, 72,8% dos reajustes salariais superaram o INPC, uma redução expressiva em relação à média de 86,2% registrada entre janeiro e novembro deste ano. Simultaneamente, os reajustes abaixo da inflação aumentaram para 13,4%, um salto em relação à média de 3,8% observada nos meses anteriores. Essa mudança na distribuição dos reajustes demonstra como a pressão inflacionária tem dificultado a concessão de ganhos reais, marcando um contraste com o desempenho mais favorável registrado em períodos anteriores de 2024.
Salário mínimo mediano e perspectivas futuras
O piso salarial mediano negociado em novembro foi de R$ 1.677, valor que representa 18,8% acima do salário mínimo nacional vigente. A Fipe projeta que o INPC acumulado para as próximas datas-base fique abaixo de 5,0% até março de 2025, com uma estimativa de 4,8% para dezembro de 2024. Essas projeções podem contribuir para um alívio nas negociações coletivas ao longo do próximo ano, oferecendo um cenário mais favorável para reajustes que acompanhem ou superem a inflação.
Reajustes regionais e setoriais
Desempenho por região
As regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte lideraram os ganhos reais medianos em novembro, com um aumento de 1,3% acima da inflação em cada uma delas. A seguir, apareceram os acordos interestaduais, com reajustes reais medianos de 1,1%, e as regiões Nordeste e Sul, ambas registrando ganhos reais de 1,0%.
Setores com maior destaque
Entre os setores econômicos, os maiores ganhos reais foram observados na agricultura, na indústria de transformação e na construção civil, todos com reajustes reais medianos de 1,3%. O setor de serviços e o comércio vieram logo em seguida, com 1,2% cada. Já a indústria extrativa apresentou um ganho real mediano de 1,0%. Esses números refletem a dinâmica de cada setor e a capacidade de negociação em um cenário econômico marcado pela alta de custos.
Contexto econômico
A redução dos ganhos reais nos reajustes salariais evidencia os desafios enfrentados pelas categorias trabalhistas em meio à inflação elevada. Apesar do desempenho positivo em algumas regiões e setores, a queda na proporção de reajustes acima do INPC demonstra que as negociações coletivas estão cada vez mais restritas pelas condições econômicas atuais.
O impacto da inflação, aliado às incertezas econômicas, dificulta o alcance de resultados mais expressivos, especialmente em setores com menor margem para negociação. Por outro lado, as projeções de inflação controlada para 2025 podem oferecer um cenário mais favorável para as próximas datas-base, aumentando a possibilidade de ganhos reais mais consistentes.
Projeções para as negociações salariais em 2025
Os dados do Salariômetro indicam que o menor ganho real de 2024, registrado em novembro, reflete o impacto da inflação sobre as negociações salariais no Brasil. Com a previsão de um INPC mais controlado em 2025, as próximas datas-base poderão apresentar condições mais favoráveis para reajustes salariais que acompanhem ou superem a inflação. A expectativa é de que esses fatores contribuam para uma recuperação gradual do poder de compra dos trabalhadores ao longo do próximo ano.
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