Vixe! Geraldo divide derrota com o PT. Os impactos sobre 2026 e o espaço do MDB na chapa. E disputa em Camaçari é estadualizada
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A primeira aparição
Terceiro colocado na última eleição para prefeito de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) falou, nesta terça-feira (15), pela primeira vez desde a derrota das urnas, durante entrevista à rádio Metrópole. Além de parabenizar o prefeito Bruno Reis (União Brasil), Geraldo tratou de colocar a sua derrota na conta do PT, do presidente Lula e do governador Jerônimo Rodrigues. Segundo o vice-governador da Bahia, a população soteropolitana não entendeu o recado de que “Jerônimo e Lula foram 15 em Salvador”. Disse também que a perda não era motivo de lamentação e sim de aprendizado.
As lições da derrota
Geraldo teve somente 10,33% dos votos válidos, ficando atrás do candidato do PSOL, Kleber Rosa, que teve 10,43%. E isso abriu margem para a vitória do seu ex-aliado Bruno Reis, que somou 78,67% dos votos. “Nós fomos derrotados na eleição e eu perdi. O grupo político perdeu a eleição, a aliança política em [torno do] meu nome perdeu a eleição. O que nós precisamos fazer? Pegar lições desta derrota para não errarmos mais. Vai ficar aí o aprendizado para as próximas disputas, não só para mim, mas para o grupo político que tomou essa decisão. Eu estou no compromisso com o governador Jerônimo para 2026. É uma decisão que recai ao governador e à direção do meu partido”, destacou o emedebista, ao desconversar sobre sua permanência ou não na chapa como vice no próximo pleito.
O impacto sobre 2026
Apesar de Geraldo falar que a decisão de 2026 será debatida no momento certo, o que se diz no seu próprio entorno é que sua derrota o retira automaticamente da chapa à reeleição de Jerônimo e que essa teria sido uma estratégia pensada pelo senador Jaques Wagner. No entanto, a informação que circula nos bastidores do MDB é que a derrota de Geraldo não exclui o partido da majoritária daqui a 2 anos. É Muita Informação!
Não há fatura paga
O entendimento nas rodas emedebistas é que, se o PT e o governador quiserem a vaga de vice, terão que fazer compensações ao partido, como por exemplo ampliar o espaço da sigla num eventual segundo governo Jerônimo. Ou ainda, negociar o comando da Assembleia Legislativa, hoje sob a batuta do PSD. Não há fatura paga.
Na conta de Wagner
O entendimento é que, caso os caciques petistas façam um novo desenho para a próxima eleição majoritária, isso exigirá muito diálogo com a cúpula do MDB. Até porque, como o próprio ex-ministro Geddel Vieira Lima havia falado no começo da campanha, a escolha de Geraldo como candidato a prefeito era uma responsabilidade que recaia estritamente no colo do senador Jaques Wagner e da ex-primeira-dama Fátima Mendonça, e não dos emedebistas. O MDB não queria Geraldinho, pois sabia do cenário difícil que se desenhava a sua frente, mas de nada adiantou e ele se lançou na disputa.
Critérios para 2026
A dúvida agora é saber quais serão os critérios do PT para a montagem da chapa à reeleição de Jerônimo em 2026. O próprio Wagner tem afirmado que quem está na cadeira tem a primazia pra continuar. E isso inclui Jerônimo, Wagner, o senador Angelo Coronel (PSD) e Geraldo, criando um embaraço para o desejo do ministro Rui Costa em disputar uma vaga ao Senado. “Então, por que o vice também não pode continuar?”, questionou uma liderança que transita bem no MDB, ao destacar que o próprio Coronel disse essa semana que vai para a reeleição.
Compensações ou rompimento?
O detalhe é que, caso a cúpula petista exclua o MDB e não faça compensações, nada impedirá que eles rompam, voltando, inclusive, para os braços do ex-prefeito ACM Neto e da oposição. O entendimento é que o partido poderá ficar livre para recompor os laços com os ex-aliados, como o prefeito Bruno Reis.
Avaliação até 2026
Mas essa discussão, obviamente, não será tratada agora. É preciso saber como o governo Jerônimo vai se comportar em 2025 e como ele chegará à disputa de 2026. E como estará o presidente Lula? Chegará fortalecido ou cambaleando? Ainda mais que o peso do MDB terá que ser levado em consideração na montagem da chapa, sobretudo devido ao tempo de TV, os 39 prefeitos eleitos e os vários vereadores espalhados pela Bahia, um portfólio que agrega a qualquer chapa na disputa que se avizinha.
Campanha estadualizada em Camaçari
A cidade de Camaçari é a única da Bahia que terá segundo turno. O detalhe é que a disputa entre os candidatos Flávio Matos e Luiz Caetano estadualiza a eleição, antevendo o cenário de guerra que será colocado em prática em 2026. De um lado o ex-prefeito ACM Neto, que tenta unir os aliados eleitos no último pleito para embalar o candidato escolhido pelo prefeito Antonio Elinaldo. O prefeito Bruno Reis, a prefeita eleita de Lauro, Débora Regis, e várias outras lideranças oposicionistas tentam chamar a atenção para a necessidade de manter o União Brasil no comando do município.
A forca do governo e de Lula
Do outro lado, há o candidato Luiz Caetano usando as principais lideranças políticas do governo para fortalecer seu nome na disputa. Nesta quinta, por exemplo, haverá a participação do presidente Lula num comício no município. Ele estará ao lado do governador Jerônimo, dos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel, do ministro Rui Costa e de todo o staff governamental. A briga promete ser acirradíssima, com a disputa sendo resolvida no voto a voto no próximo dia 27. Quem levará a melhor?
O tamanho do PT
O Partido dos Trabalhadores desidratou em todo o país. Ao olharmos o resultado da última eleição, é possível perceber que o partido do presidente Lula não cresceu como se previa. Na Bahia, dos 417 municípios, apenas 36 elegeram prefeitos petistas, o que corresponde a 8,63% do total. Aqui e nos demais estados, o extrato do último pleito foi um PT desgastado, sem conseguir avançar no diálogo junto à população.
Dependente dos aliados
Dos 5.570 municípios do Brasil, apenas 198 estarão sob a batuta dos petistas, o que corresponde a 3,55% do cenário nacional. E o detalhe: isso trará impactos diretos sobre a disputa de 2026. O entendimento junto aos oposicionistas é que 96,45% do país rejeita o PT, o que obrigará a sigla a ampliar o diálogo com os partidos aliados, caso queira manter o presidente Lula à frente do governo federal.
Confronto com o União Brasil
No confronto direto na Bahia, o União Brasil derrotou o PT na maioria dos municípios baianos nas eleições deste ano. O partido, comandado no Estado pelo deputado federal Paulo Azi, venceu o triplo dos confrontos diretos contra os petistas. As duas legendas se enfrentaram em 32 cidades e o UB elegeu prefeitos em 21 deles, o que representa cerca de 65% do total. O PT, por sua vez, venceu em sete cidades, enquanto três municípios tiveram prefeitos eleitos de outras legendas que participaram da disputa eleitoral. Questionado sobre o assunto, o deputado Paulo Azi diz que o resultado das urnas comprova que o discurso do PT de alinhamento com os governos estadual e federal fracassou.
Cenários diferentes
Azi afirmou que os dados mostram que o principal fator da eleição municipal foi a realidade das cidades. “O que pesou na eleição foi o quadro político local, os problemas de cada município. Essa tentativa de nacionalizar e de vincular os candidatos do PT a Jerônimo e a Lula fracassou, e esses postulantes tiveram uma derrota retumbante, principalmente nos municípios onde houve o confronto direto”. O detalhe é que o cenário municipal se coloca completamente diferente do estadual e nacional. Resta saber como cada grupo organizará suas estratégias para a disputa se 2026. É muita informação!
Recondução na Câmara
O anúncio feito, nesta terça-feira (15), pelo vereador Edvaldo Brito, presidente do PSD em Salvador, de que a sigla apoiava a reeleição do vereador Carlos Muniz (PSDB) à Presidência da Câmara de Salvador, levou o atual dirigente a computar 31 vereadores apoiando sua recondução no comando da Casa. Além de Felipe Santana (PSD), o atual presidente conta com o apoio das bancadas do União Brasil, PP, PL, PDT, DC, PRD, Podemos, PSDB e Cidadania.
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