As pessoas com deficiência (PCDs) já lidam rotineiramente com uma série de questões físicas, estruturais e psicológicas. Quando se está inserida nas camadas menos favorecidas da sociedade, outras dificuldades se somam a essa lista de desafios.
O diretor de captação de recursos do Instituto Inserir, Jaime Córdova, resolveu se dedicar à realização de atividades filantrópicas voltadas para as minorias, ao se tornar pai de um menino com Síndrome de Down e autismo. Ele resolveu fazer a sua parte para garantir ao filho e a outros o que o estado não era capaz de suprir. Dessa forma, em 2005, nasceu o Instituto Inserir.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em 2022, 10,4% da população com dois anos ou mais na Bahia (1,524 milhão de pessoas) possui algum tipo de deficiência. Em números absolutos, o estado possui a 4ª maior população total do país de pessoas com deficiência (PCDs), além de ter o 3º maior contingente de PCDs, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
“Nós beneficiamos mais de 400 famílias, número que aumentou muito depois da pandemia de Covid-19. Inclusive, o número de serviços que nós temos aqui também aumentou, devido à própria demanda da comunidade”, disse Jaime Córdova, que também fornece passeios de caiaque ou de prancha para PCDs no Porto da Barra.
Atualmente, o espaço oferece assessoria jurídica, Pilates; Judô; fisioterapia; além de cursos voltados para busca de emprego, desenvolvidos diante das demandas da comunidade em que a sede da instituição está situada, no Alto do Coqueirinho, em Itapuã. Dentre esses cursos, estão o de etiqueta, de atendimento ao cliente e de capacitação para empregado(a) doméstico(a).
Uma das atividades desenvolvidas pelo projeto é o ‘Núcleo de Empregabilidade Para Pessoas Com Deficiência’. “Nele, nós pegamos currículos, fazemos um breve treinamento, uma capacitação, fazemos parcerias com empresas, para que eles ofereçam vagas, fazemos uma pré-seleção nossa, encaminhamos para as empresas e acompanhamos durante um mês. Depois deixamos que a pessoa siga sozinha”, explicou Jaime, que também prepara o filho, hoje com 12 anos, para a sua independência futura.
A comunidade se envolve com as demandas e necessidades do Instituto, assim como também podem usufruir das atividades desenvolvidas lá. A fisioterapeuta e instrutora de Pilates Priscila Brito oferece aulas gratuitas.
“O pilates tem o poder de transformar muito a estrutura da pessoa. Com o passar do tempo eu percebo a melhora das alunas, de função, de estrutura, de movimento, de comportamento. Muitas vezes elas não conseguem nem levantar o braço para pentear o cabelo e o Pilates auxilia na parte motora, no caminhar, evitando quedas nas ruas. Aqui existe também o interagir entre elas, trabalhando a socialização e a autoestima”, falou a voluntária.
Você pode ajudar ou participar
O ‘Instituto Inserir’ está de portas abertas para que o público conheça o trabalho realizado por eles e participe também desse processo de inclusão. Além disso, o espaço está disponível também para aqueles que desejam realizar os cursos da instituição.
A organização sem fins lucrativos fica localizada na Rua das Acácias, número 5, Alto do Coqueirinho/Itapuã.
Você também pode doar através da conta oficial do instituto ou da sua chave pix:
Conta: Instituto inserir
Banco: Itaú
Ag.: 8601
C/C: 45771-9
Chave PIX: Celular
71 99306 3431
Conheça o Instituto Inserir
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