Vixe!! Pesquisa não define eleição, mas anima a torcida de Neto, Wagner e Roma. E o sumiço da vice.

 

A pesquisa feita pelo instituto Real Time Big Data, divulgada ontem (20) pela TV Itapoan / Record, não é capaz de definir a próxima eleição para o governo da Bahia, que acontecerá em 2022, mas serviu para animar as torcidas dos candidatos, sobretudo do Democratas, que comemorou efusivamente a liderança do ex-prefeito ACM Neto. Pelo levantamento, o presidente nacional do DEM lidera o cenário estadual com 41% contra 27% do senador Jaques Wagner (PT). Sabemos que há 15 meses do processo eleitoral esses números mostram mais o nível de conhecimento dos candidatos do que a intenção real do eleitorado em quem vai votar.

 

 

No PT, o resultado foi minimizado pelas suas principais lideranças na Bahia, como o próprio pré-candidato do partido, o senador Jaques Wagner, que disse que "continua achando que pesquisa quantitativa há 15 meses da eleição não diz muita coisa, pois a cabeça das pessoas não está pensando nisso". Mas que fica "muito satisfeito com a posição obtida, sobretudo porque está fora do governo e de uma exposição mais expressiva de mídia há sete anos". 

 

 

Democratas ouvidos pela Coluna Vixe rebateram o argumento usado pelos petistas e a fala do próprio senador Jaques Wagner. Eles dizem que a amostragem atesta o baixo nível de conhecimento sobre o candidato João Roma, que nunca disputou uma eleição majoritária. Mas que Wagner era totalmente conhecido do grande público, pois foi governador do estado por oito anos e está como senador da República, tendo disputado as três últimas campanhas majoritárias no âmbito estadual. 

 

No QG democrata diziam ontem que a população conhecia bem o líder petista e sua capacidade gerencial. "O detalhe é que não querem ele como governador", como enfatizou o deputado estadual Alan Sanches, do DEM. Para ele, o PT é forte para virar pesquisas eleitorais na majoritária quando os candidatos são desconhecidos, com potencial de crescimento, mas que Wagner não, pois era um candidato conhecidíssimo e tinha um baixo nível de crescimento agregado, aliado a um alto nível de rejeição.  

 

Na pesquisa, realizada em 79 cidades da Bahia, o nome do ministro João Roma, ao ser apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, sobe para 15% da predileção do eleitorado, colocando a disputa para o governo no segundo turno, um fato inédito nas últimas eleições. Já Wagner, apoiado por Lula e o PT, continua em segundo lugar, com 29%. E Neto, apoiado por Ciro e o PDT, atinge 35%. O detalhe é que, num eventual segundo turno, ACM Neto deve acabar sendo  beneficiado pelos votos de Roma, já que os bolsonaristas não votariam de jeito nenhum no senador petista e tenderiam a migrar para o postulante do DEM

 

 

 

 

 

Pra quem não sabe, Manoel Lagoeiro é o autor do perfil do Instagram do Governador Soberano. Ex-assessor do vereador Sidninho, ele rompeu com o ex-chefe e começou a marcar cerrado o ex-prefeito ACM Neto. Após a equipe do Democratas  descobrir as fontes do governador Soberano, houve uma debandada dos informantes, deixando o Lagoeiro a ver navios. Esvaziado e sem acesso às informações privilegiadas do presidente nacional do DEM, o Soberano foi tentar a sorte em outras cercanias, mais precisamente, com o ministro da Cidadania, João Roma. 

 

 

 

E por falar na vice-prefeita Ana Paula Matos, ela anda bem sumida do Thomé de Souza. Há algumas semanas a vice não é vista com a frequência de outrora nos corredores do Palácio.   Internamente ninguém sabe o motivo do sumiço. Mas, ao olhar o Instagram da pedetista percebe-se claramente que ela começou a fazer agendas próprias e sem a presença do prefeito Bruno Reis. No começo do governo ela era a gerentona da prefeitura. No entanto, não participa mais das reuniões internas. Há quem diga que o foco agora é viabilizar a própria candidatura para a Câmara Federal em 2022. Será? A conferir. 

 

 

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar que vai apresentar, na "semana que vem", as "provas de fraudes" nas eleições de 2014. Segundo ele, trata-se de fraude cometida no pleito vencido por Dilma Rousseff (PT), na disputa contra Aécio Neves (PSDB). O mais engraçado dessa história é que o atual inquilino do Palácio do Planalto foi eleito democraticamente em 2018 e, em momento algum, questionou o resultado da eleição nem das urnas eletrônicas, que hoje ele tanto demoniza. Vá entender tamanha conveniência. Na verdade, há quem diga em Brasília que esse comportamento do presidente da República seja mais uma premonição de que vá perder a eleição do próximo ano do que a confirmação mesmo de fraude no processo eleitoral.