Pesquisa aponta que expectativa de vida dos brasileiros chega a quase 77 anos

Desde 1940, houve elevação de 31,1 anos

Por Yuri Abreu
26/11/2020 às 10h36
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Foto: Bruno Kelli/Amazônia Real
Foto: Bruno Kelli/Amazônia Real

Um pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (26), apontou que uma pessoa nascida no Brasil, em 2019, tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Desde 1940, esse índice aumentou em 31,1 anos. Entre os gêneros, a longevidade feminina é, em média, sete anos acima da dos homens.

Ainda conforme os dados, uma pessoa ao completar 50 anos, por exemplo, tinha uma expectativa de viver mais 19,1 anos, em 1940. Já em 2019, a esperança de vida para uma pessoa nessa faixa etária seria de 30,8 anos. Ou seja, atualmente vive-se, em média, quase 12 anos mais.

A expectativa de vida, no entanto, muda conforme a idade da pessoa e o sexo, sendo que a taxa de mortalidade dos homens é sempre superior à das mulheres. Segundo o Instituto, é aos 20 anos que essa chamada "sobremortalidade masculina" atinge seu pico. Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher do mesmo grupo de idade.

Porém, de forma geral, em todas as faixas houve declínio da mortalidade ao longo do tempo. E o fato de que, em 1940, a população de 65 anos ou mais representava 2,4% do total e, em 2019, o percentual passou para 9,5% é um indicativo de que os brasileiros estão vivendo por mais tempo.

Um modo de se perceber esse movimento de maior longevidade é observar a probabilidade de uma pessoa que atingiu os 60 anos chegar aos 80 dentro do país. Em 1980, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos 344 atingiam os 80 anos de idade. Em 2019, este valor passou para 604 indivíduos na média do Brasil.