Zambelli rebate Bolsonaro após ser culpada por derrota em 2022: ‘Sempre o defendi’
Segundo ex-presidente, deputada teve um papel decisivo na derrota de sua chapa na eleição presidencial de 2022

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) rebateu, nesta segunda-feira (24), a declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que ela teve um papel decisivo na derrota de sua chapa na eleição presidencial de 2022.
“Não acho justa. Eu sempre o defendi, estou com depressão, sendo julgada, e no pior momento ele falar dessa forma é trazer muito peso para as minhas costas“, declarou em entrevista ao blog da Andreia Sadi, do G1.
A deputada justificou sua ação afirmando que se defendeu de uma situação de agressão. “Imagina o que é, para a cabeça de uma deputada, ser culpada pela eleição de um país por ter se defendido de quatro homens que me cuspiram, xingaram e empurraram? Eu tinha porte federal e houve um tiro, que achei que tinha pego no policial“, afirmou.
Bolsonaro responsabiliza deputada por derrota
O episódio mencionado por Bolsonaro ocorreu em outubro de 2022, quando Zambelli sacou uma pistola e correu atrás de um homem após uma discussão política no bairro Jardins, em São Paulo. O caso gerou ampla repercussão e foi um dos elementos utilizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para embasar o processo contra a deputada.
A alegação de Bolsonaro é que o episódio reforçou a imagem de que sua campanha incentivava o uso irrestrito de armas, afastando eleitores indecisos.
Durante participação no podcast Inteligência Ltda., na segunda-feira (24), Bolsonaro declarou que a parlamentar “tirou o mandato da gente“, referindo-se ao episódio em que ela sacou uma arma e perseguiu um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma rua de São Paulo, na véspera do segundo turno.
— Cássio Oliveira (@cassioolivveira) March 25, 2025
ATENÇÃO: Perto de ser julgado, agora o COVARDE do Jair Bolsonaro ADMITE que não houve fraude e atribui sua derrota para o presidente Lula à Carla Zambelli:
"Ela tirou o mandato da gente" pic.twitter.com/FZQTZT8M0j
Zambelli pode perder mandato
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem cinco votos pela condenação da deputada federal. O julgamento, que pode levar à perda de seu mandato, foi interrompido nesta segunda-feira (24), após um pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques.
Os votos favoráveis à condenação foram dos ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, que sugeriram pena de cinco anos de prisão.
A análise do caso estava prevista para encerrar na sexta-feira (28), mas o pedido de vista adiou a decisão sem prazo definido. Pelo regimento do STF, Nunes Marques tem até 90 dias para devolver o processo. Além dele, ainda faltam os votos de Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Luiz Fux e André Mendonça.
A perda do mandato só ocorre após o trânsito em julgado. O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, onde os ministros apenas registram seus votos, sem debates. Em agosto, André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, votaram contra a abertura do processo. Agora, participam da decisão final sobre a condenação.
Zambelli teve mandato cassado
Em janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato de Zambelli por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão se baseia na propagação de notícias falsas sobre as eleições de 2022. Além disso, o TRE-SP determinou a inelegibilidade de Zambelli por um período de oito anos, a partir dos eventos que ocorreram durante o pleito.
O julgamento, que contou com cinco votos favoráveis e dois contrários, ainda permite que a deputada recorra à instância superior. Até que todas as possibilidades de recurso sejam exauridas, Zambelli mantém seu cargo de deputada federal.
Em nota, a deputada afirmou que o TRE-SP anulou os 946.244 votos que obteve nas eleições de 2022 e classificou a decisão como uma “perseguição política”. “Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis”, declarou.
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