Wagner critica decisão da Meta: ‘grave retrocesso no combate às fake news’
Líder do governo Lula no Senado defende que plataformas digitais assumam postura mais responsável e ética
A decisão da Meta, empresa controladora de redes sociais como Facebook e Instagram, de encerrar os serviços de checagem de fatos em suas plataformas tem gerado repercussão negativa em várias partes do mundo, especialmente entre autoridades políticas no Brasil. O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), criticou, na manhã desta quarta-feira (8), a medida classificando como um “grave retrocesso no combate às fake news”, que afetam a democracia e o processo de informação.
Em postagem em suas redes sociais, o petista apontou que “a mentira é o principal combustível de extremistas para alimentar discursos de ódio e medo, preconceitos e ofensas que não cabem na vida em sociedade”. O ex-governador baiano destacou que a ação da Meta ocorre em um momento crítico, justamente quando o Brasil recorda os ataques à democracia do dia 8 de janeiro de 2022, quando invasores atacaram as sedes dos três poderes em Brasília, um episódio que gerou uma grande crise política no país.
Fake news e seus impactos na democracia
Wagner afirmou que o papel das plataformas digitais na disseminação de desinformação tem sido central na radicalização de muitos setores da sociedade. Segundo ele, alimenta um ciclo de extremismo e prejudica o diálogo construtivo na política e nas relações sociais. A extinção da checagem de fatos, de acordo com o senador, agrava a situação, pois deixa as redes mais vulneráveis ao crescimento de notícias falsas, muitas vezes com o objetivo de prejudicar a integridade das instituições democráticas e dividir a população.
O petista defende que as plataformas digitais assumam uma postura mais responsável e ética, adotando medidas eficazes para controlar a propagação de desinformação, especialmente em momentos sensíveis, como em processos eleitorais e em crises políticas. Para Wagner, sem uma ação mais rigorosa no combate à desinformação, o impacto no processo democrático será ainda mais negativo, ameaçando a estabilidade e a confiança nas instituições públicas e no sistema político.
Importância da tecnologia no combate contra desinformação
O líder do governo Lula no Senado defendeu ainda a necessidade de aperfeiçoar os sistemas tecnológicos para combater a desinformação de forma mais eficaz. Para Wagner, a identificação e punição de criminosos que usam as redes sociais para desestabilizar economias e democracias são fundamentais para garantir a estabilidade e a harmonia nas relações internacionais.
“Aperfeiçoar os sistemas tecnológicos para impedir o uso criminoso das redes sociais, com a identificação e punição de quem trabalha para desestabilizar economias, sociedades e países. Só assim poderemos ter um país e um mundo civilizado, com harmonia entre as Nações, solidariedade, justiça e paz”, declarou o senador em seu perfil na rede social X
Ele ressaltou que a verdadeira liberdade de expressão está atrelada ao respeito às leis, aos direitos humanos e à convivência pacífica. “A verdadeira liberdade de expressão e de ação está no respeito às leis e aos direitos sociais e humanos”, afirmou.
A decisão da Meta de interromper a checagem de fatos tem gerado reações diversas no cenário político e social, e autoridades de diferentes áreas têm manifestado preocupação sobre o impacto dessa medida no combate à desinformação. Wagner concluiu que as redes sociais precisam assumir uma postura mais responsável, ajudando a preservar a democracia e o ambiente de respeito à diversidade de opiniões.
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