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Após encerramento do mandato como prefeita de Lauro, Moema Gramacho pode concorrer ao Senado em 2026

Prefeita enfatizou, contudo, que sua prioridade em 2024 será sair da gestão de Lauro com o "dever cumprido"

Prestes a encerrar seu mandato como prefeita de Lauro de Freitas, muito se fala sobre os próximos passos de Moema Gramacho (PT) na política. Uma das possibilidades apontadas é a candidatura da petista ao Senado Federal em 2026. No entanto, durante participação no Podcast do Portal M!, Moema ressaltou que sua candidatura só ocorrerá se o senador Jaques Wagner (PT) não buscar a reeleição e se a deputada federal, Lídice da Mata (PSB), não pleitear a vaga. “Se Lídice não quiser e Wagner abrir mão, aí eu vou botar meu nome”, afirmou. 

Moema revelou que foi procurada por Wagner, que afirmou não ter certeza se será candidato ao Senado na próxima eleição. Além disso, ele também disse para ela se “preparar” para concorrer a vaga. “Wagner sempre foi meu guru, sempre foi o espelho, sempre foi um exemplo para todos nós do Polo e do Sindicato. Eu entrei na militância política também espelhada em Jaques Wagner”, contou.  

A prefeitura de Lauro  revelou ter dito ao senador que preferia sua reeleição ao cargo. “Eu disse a ele: meu senador, eu quero muito que você volte a ser senador, porque Lula vai ser reeleito e vai precisar do senhor”. 

Ela, no entanto, enfatizou que se ele não quiser mais buscar o cargo, que aceitaria o conselho e iria pleitear a vaga. “Se [Wagner] não quiser mesmo mais ser senador, aí eu aceito o seu conselho de disputar o senado. Aí quem sabe eu não vou ser a primeira senadora mulher do PT da Bahia, como fui a primeira do PT deputada federal. Tiveram outras federais de outros partidos”. 

Moema também revelou ter tido uma conversa com a deputada federal. Ela afirmou ter dito à Lídice que ela merecia ter sido reeleita senadora e não teve oportunidade, e que se ela quisesse buscar o Senado em 2026, que abriria mão da tentativa em prol da deputada baiana.

“Eu já perguntei a Lídice. Eu chamo ela de Lil. ‘Lil, eu sei que era para você ter sido releito senadora, e você não teve essa oportunidade, não lhe deram essa oportunidade. Se você quiser ser senadora, eu abro mão pra você’. Disse isso à Lídice. E ela disse que não, que ela tá bem como federal”. 

Por fim, Moema também ressaltou ser uma política de “projeto”, e enfatizou que, em caso de uma possível candidatura ao Senado, que todos os companheiros do partido serão ouvidos, assim como os companheiros da Federação: PT, PV e PCdoB.

“Eu sou do PT desde a fundação, eu sou disciplinada, eu sou membro do Diretório Nacional do Partido, eu sou muito próxima de todos os companheiros do partido, das diversas correntes políticas, e eu vou ouvir a todos e também vou colocar meu nome à disposição pra discussão também, por todos eles. E também hoje eu faço parte da federação, que é PT, PV e PCdoB, e obviamente também serão ouvidos”.

Foco é encerrar o mandato com dever cumprido

Apesar de ter falado sobre a possibilidade da candidatura ao Senado, Moema enfatizou que essa será uma “discussão para depois”, e que sua prioridade em 2024 será sair da gestão municipal com o “dever cumprido”. Ela também revelou ter feito concurso público, e que faria novamente em 2024.

“Eu vou sair com a sensação de dever cumprido. Eu tive um mandato que foi suspenso em 2016 porque o povo me pediu para voltar. Eu fui a primeira deputada federal do PT eleita na Bahia. Quando eu estava no segundo ano do primeiro mandato, me pediram para renunciar o mandato de deputada e voltar para ser prefeita. Eu atendi esse apelo da população, como eu atendi também quando era deputada estadual pelo terceiro mandato, e me pediram para vir para cá. A minha vida tem sido de renúncia a outros espaços por Lauro de Freitas. Então, eu não queria agora antecipar nada do que eu poderia vir a ser para frente. Eu só sei que eu vou ser Moema mesmo e que vou continuar na luta”, destacou. 

Ela também apontou que o “melhor dos mundos” seria ser deputada estadual, e também afirmou que gostaria de cumprir o compromisso de deputada federal.

“Se eu tivesse que escolher, eu diria que o melhor dos mundos seria ser deputada estadual, que já fui por três mandatos, sei que é a melhor coisa do mundo ou cumprir o compromisso com o povo da Bahia, que foi ser deputada federal e que precisei sair com dois anos de mandato. Foram dois anos anos muito dificeis. Mas, para mim foi importante, porque tive uma repercussão boa, porque brigava muito, lutava muito. Mas foram anos muito difíceis para o país, que foi o golpe contra a Dilma. E eu queria ter feito muito mais coisa e não pude porque foram anos duros para todos nós, para o país inteiro”.

 

Confira o podcast na íntegra:

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