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Líder da Oposição lamenta confusão na AL-BA: ‘Debate tem que ser nas ideias, jamais com agressão física’

Líder da Oposição na AL-BA lamenta confusão entre deputados
Alan Sanches voltou a criticar gestão do governador na segurança, após Bahia aparecer com sete das dez cidades mais violentas em ranking nacional

O líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), lamentou, na manhã desta quarta-feira (19), a confusão que aconteceu durante a sessão entre parlamentares bolsonaristas e governistas sobre o projeto de Lei nº 1.904/2023, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio, mesmo em caso de estupro, em tramitação no Congresso. Os ânimos se acirraram após a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) associar o bolsonarismo com o estupro, gerando reações imediatas no plenário.

Diego Castro (PL) acusa Marcelino Galo de agressão após ter sido empurrado e promete acionar o Conselho de Ética da AL-BA contra o petista. Para Sanches, o “debate tem que ser nas ideias, jamais com agressão física”.

“Na verdade, a gente fica entristecido porque a gente acha e acredita, como eu sempre digo, [que] o debate é nas ideias, não é uma agressão de um contra o outro, de empurrar, de querer bater. Ninguém vai impor o que acredita ao outro, você tem que convencer ou ser convencido. Então, eu acho que cada um tem seus princípios, cada um tem o direito de pensar e acreditar naquilo que quer, mas eu não posso obrigar você a acreditar no que eu acredito”, disse Sanches ao Portal M! durante evento da inauguração do camelódromo de São Cristóvão.

Atlas da Violência 2024

Em entrevista ao Portal M!, Alan Sanches voltou a criticar gestão do governador Jerônimo Rodrigues na segurança pública, após a Bahia aparecer com sete das dez cidades mais violentas em ranking nacional. Segundo o levantamento, realizado em 2022 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os municípios baianos Santo Antônio de Jesus, Jequié, Simões Filho, Camaçari e Juazeiro aparecem, respectivamente, nos cinco primeiros lugares no ranking com maior taxa de homicídios. Salvador e Feira de Santana também são ranqueados em 9º e 10º lugares, perdendo apenas para as cidades de Altamira (PA), Sorriso (MT) e Cabo de Santo Agostinho (PE).

“A oposição vem sempre falando que a segurança pública vai de mal a pior. Agora, quando a gente pega o Atlas da Violência, que é o panorama nacional das dez cidades mais violentas, sete são na Bahia. A gente não pode aceitar isso, agora não é só a oposição que está falando, é agora o cenário nacional que diz: a Bahia é violenta. Então, não adianta a gente ter bons policiais, um grande comandante de Polícia Militar e secretário de Segurança Pública, uma grande delegada da Polícia Civil – eles precisam de apoio. E para ter, o governo do estado tem que fazer os investimentos necessários, seja em tecnologia, seja no aparato científico, seja em mais policial, mais armamento, a gente precisa pensar em inteligência na polícia. Mas, para isso, precisa de investimento e para ter, o governador tem que chamar essa responsabilidade pra si e demonstrar realmente que é importante a segurança pública no nosso estado”, pontuou o líder.

Saúde

Outra área do governo Jerônimo, também novamente criticada por Sanches, foi a saúde. O deputado, que é médico, voltou a falar sobre o problema na regulação. Segundo ele, “Salvador amanhece todos os dias” com uma média de 350 a 370 pessoas nas UPAs esperando regulação.

“Seja para um exame, seja para um internamento ou uma cirurgia, isso não é normal. A gente não pode aceitar uma fila da regulação cada vez crescendo mais. Eles constroem hospitais maravilhosos, mas que não estão funcionando como deveriam. Eu falo do Hospital Metropolitano, que, em três anos, trocou três unidades gestoras. Agora uma organização social vai fazer a gestão do Hospital Metropolitano, isso não vai dar certo. Não tem como dar certo quando você não tem uma gestão de continuidade. Então, está hoje aí, um hospital maravilhoso que é o Hospital Metropolitano, funcionando 30% a 40%. E é por isso que a regulação continua desse jeito, matando, infelizmente, as pessoas”, ressaltou ao Portal M!.

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Equipe Portal M!