Haddad diz que novo presidente do Banco Central deve ser anunciado nas próximas semanas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (13), que a troca de presidente do Banco Central (BC) “entrou no radar” do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Assim, o nome substituto de Roberto Campos Neto teve ter anúncio nas “próximas semanas”.

“Eu acredito que vai ser nas próximas semanas. Entrou no radar do presidente essa questão e ele ficou de discutir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco a questão da sabatina, em virtude do calendário eleitoral”, disse.

Segundo ele, a indicação vai depender da reunião entre Lula e o presidente do Senado. Atualmente, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, tem consideração como o franco favorito para a vaga. Inclusive, ele foi secretário-executivo da Fazenda já durante a gestão Haddad.

De acordo com o ministro, a ideia é que a sabatina aconteça durante um dos “esforços concentrados” que o Congresso terá este ano, em meio à agenda eleitoral.

Selic

Haddad pontuou a necessidade de fazer “uma série de considerações técnicas”, ao falar sobre a condução da política monetária. Ele respondeu à indagação de jornalistas sobre a declaração do presidente do BC, que frisou que não hesitaria em aumentar a Selic, caso precise.

“Tem uma série de considerações técnicas que têm de ser feitas e nem sempre o melhor é aumentar o juro, às vezes é manter ele no mesmo patamar restritivo. Isso não é atribuição do Ministério da Fazenda fazer a conta”, comentou.

A princípio, o chefe da equipe econômica relatou que o Banco Central possui uma “equipe técnica” de nove pessoas, que é composta pelos diretores do Comitê de Política Monetária (Copom), para analisar as variáveis corretas da taxa Selic.

Desse modo, o ministro da Fazenda disse estar “feliz” com a inflação do Brasil, mesmo passando por sustos. “O que eu estou feliz é que o Brasil está crescendo com a inflação controlada. Mesmo com um susto ou outro, o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) que atrasou os cortes, o Banco do Japão, que subiu”, completou Fernando Haddad.

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