O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), parece não ter jogado a toalha na tentativa de contar com o apoio do Planalto à sua ambição de presidir o Legislativo. Após ser escanteado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ele segue fazendo acenos ao presidente Lula (PT).
No sábado (28), Elmar cumpriu agenda em apoio à candidatura de Lurdinéia do Zé Branco, petista que concorre ao cargo de prefeita do município de Andorinha, no norte da Bahia, atualmente chefiado por Renato Brandão, do PP, que também apoia a chapa do PT.
Ao som de Lula lá, jingle histórico da campanha presidencial de 1989 do petista, o deputado postou vídeos em seu perfil no Instagram, em que aparece no palco do comício da chapa, que tem como candidato a vice-prefeito Dr. Madson, do PSD.
Elmar também publicou uma foto ao lado da candidata, ‘fazendo o L’ com a mão, símbolo da campanha presidencial de Lula em 2022.
Foto: Reprodução/Instagram
Conforme apurou a o Estadão, o União Brasil dizia ter certeza, no começo deste mês, que a candidatura de Elmar começou a definhar quando o Palácio do Planalto agiu, nos bastidores, para dar uma rasteira no deputado.
Entretanto, o parlamentar baiano seguiu se movimentando para conseguir angariar apoio de Lula e do PT para sua candidatura, inclusive, na votação do projeto de lei do combustível do futuro sem um ‘jabuti’ que provocaria aumento nas contas de energia, dando sinais ao Planalto de que não será um problema para o Executivo, em caso de um possível mandato.
Elmar Nascimento se reuniu com Lula no último dia 11, após ter perdido o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, na disputa pela presidência da Casa. Lira agora apoia o deputado Hugo Motta, líder do Republicanos, à sua sucessão, em fevereiro do ano que vem, quando termina seu mandato.
A sigla de Elmar e o PSD, coligado com a petista que o deputado apoia no interior baiano, formaram uma aliança na Câmara para fazer frente à candidatura de Motta como sucessor de Lira. Desde agosto, Elmar lidera o maior bloco da Câmara, composto por 161 parlamentares do União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD.
O apoio de Lira a ele, de quem é amigo pessoal, era dado como certo até o início de setembro, quando houve a reviravolta e o ‘racha’ no Centrão.
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