Elmar Nascimento busca apoio no entorno de Lula na campanha pela presidência da Câmara

O deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), líder de seu partido na Câmara, tem intensificado as articulações para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Casa. Junto com Antonio Brito (PSD-BA), os dois formaram uma aliança visando bloquear a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) ao cargo. O movimento ocorre em meio à disputa interna pela sucessão de Lira, com a formação de blocos políticos em busca de apoio. A informação é do colunista Igor Gadelha, do site “Metrópoles”.

Elmar e Brito estão focados em conquistar o apoio da bancada do PT na Câmara, especialmente após o líder do partido, Odair Cunha (MG), afirmar que está trabalhando para uma convergência dentro do “blocão” em torno de um nome unificado. Essa articulação é vista como crucial para aumentar as chances de sucesso da aliança.

Na quarta-feira (16), Elmar se reuniu com dois ministros do governo federal: Fernando Haddad, da Fazenda, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Haddad é considerado um importante articulador do governo Lula dentro do Congresso, com influência em diferentes frentes políticas, tanto governistas quanto oposicionistas.

Nesta quinta (17), Elmar encontrou-se com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, outra figura central do governo de Lula. A relação de Padilha com Lira é marcada por desavenças pessoais, o que coloca o ministro como uma peça estratégica para a articulação de novos apoios.

Ainda nesta semana, Elmar deve viajar para a Bahia, onde participará de um evento com a presença do presidente Lula. A cerimônia, que contará com o anúncio de investimentos em educação, também terá a participação de Antonio Brito, reforçando a campanha em busca de apoio para suas candidaturas à presidência da Câmara.

Inicialmente, Elmar Nascimento era considerado um dos principais nomes para substituir Arthur Lira em 2025. Ele tinha o apoio da ala bolsonarista e do próprio Lira. No entanto, a decisão de Lira de apoiar Hugo Motta, após a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP), abalou a relação entre ambos.

Com o esfriamento das relações, Elmar e Lira passaram cerca de um mês sem conversar. Em resposta, Elmar e Antonio Brito intensificaram suas agendas, com planos de realizar uma série de viagens em busca de apoio para as candidaturas à presidência da Câmara dos Deputados.