O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso visitou Salvador na última semana, entre os dias 12 e 13 de setembro, para participar da 2ª edição do Congresso Desafios do Poder Judiciário na Contemporaneidade, realizado no Auditório do Fórum Teixeira de Freitas (Seção Judiciária da Bahia). Na ocasião, Barroso foi responsável pela palestra magna de encerramento do evento.
Durante sua passagem pela capital baiana, o ministro também conheceu o Centro de Excelência Professor Edvaldo Brito (CEPEB), localizado em Armação. Em entrevista ao Portal M!, o professor, vereador e jurista Edvaldo Brito (PSD) contou que o ministro se emocionou ao encontrar na biblioteca do local, o primeiro livro que editou.
“O ministro Barroso tem conhecimento do Centro de Excelência Professor Edvaldo Brito. Tem uma biblioteca com mais de 20 mil volumes especializados, são milhares de outras áreas, mas de direito tem mais de 20 mil volumes. E ele encontrou aqui o primeiro livro que ele editou, tanto que ele fez uma dedicatória nessa linha muito emocionada”, contou Brito.
Durante a visita, o magistrado conheceu espaços do Centro que são intitulados com nomes de ex-ministros da Corte. “Ele viu os auditórios com nomes de ex-ministros do Supremo. Tem um auditório com o nome de Aliomar Baleeiro, que foi também presidente do Supremo, tem um outro com o nome de Orlando Gomes e tem um outro com o nome de Alberico Fraga. O centro funciona como auxiliar dos cursos de pós-graduação dos quais eu sou professor, tanto da UFBA, como da UCSAL. Porque os alunos fazem pesquisas aqui no centro”, explicou.
Quem também acompanhou a visita do ministro foi o juiz federal Dirley Cunha. “Ele veio acompanhado de um juiz federal muito respeitado, o Dirley Cunha, que é um constitucionalista importante das nossas letras do país”. O professor pontuou que, como esta foi uma visita com tom mais amigável, não foram abordados temas sensíveis.”Uma visita dessa natureza foi mais amigável do que doutrinária, conhecer uma unidade de pesquisa na área do direito”, disse Brito.
Durante a palestra, Barroso criticou o modo de funcionamento das plataformas digitais e pontuou que, apesar dos benefícios, a internet abriu espaços grandes para discursos de ódio.
“A fala radical, agressiva, grosseira… traz muito mais engajamento do que a fala moderada, racional, a busca pela realidade possível no mundo global. E essas empresas de tecnologia vivem do engajamento, da quantidade de cliques que recebem. Portanto, há um sentido perverso para disseminar o ódio”, declarou o ministro na ocasião, conforme apuração do G1.
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