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Bolsonaro pode ser vacinado contra Covid no DF; veja o que ele já disse sobre o imunizante

Caso tome a vacina, presidente sofrerá grande mudança de postura 

Com a possibilidade de idosos a partir de 66 anos tomarem a vacina contra o coronavírus no Distrito Federal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já pode ser imunizado. 

Segundo informações do Portal UOL, a Secretaria de Comunicação da Presidência não confirmou se ele tomará ou não a vacina. Por falta de doses, o DF interrompeu a imunização no feriado, mas a dose de Bolsonaro estaria garantida junto ao Ministério da Saúde.

Caso tome a vacina, Bolsonaro sofrerá uma grande mudança na postura quanto à imunização contra a Covid-19. Isso porque o presidente já debochou e negligenciou a imunização no Brasil.

 

Confira as falas mais célebres durante a pandemia:

“Para o meu governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que [nem] sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”.

21 de outubro, no Twitter

Em meio à rixa pública com o governador João Doria (PSDB-SP), Bolsonaro desautorizou publicamente a compra da CoronaVac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, depois que o então ministro Eduardo Pazuello confirmou a aquisição. Sem vacinas, Bolsonaro voltaria atrás três meses depois.

Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha“.
10 de novembro, no Facebook

Em novembro, Bolsonaro comemorou a suspensão da terceira fase de testes da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como uma vitória política sobre Doria.

“Eu não vou tomar vacina e ponto final, problema meu”.
15 de dezembro, em entrevista

Às vésperas do envio do pedido de aprovação da CoronaVac à Anvisa, o presidente subiu o tom contra vacinas na imprensa e chegou a negar que se imunizaria.

“Já tenho anticorpos. Pra que tomar a vacina de novo?”
17 de dezembro, em discurso

O tom de negação se manteve, dessa vez sob o argumento de que, como já havia contraído o vírus, não teria necessidade de ser imunizado.

“Se você virar um jacaré, é problema de você”.
17 de dezembro, em discurso

Os ataques contra imunizantes não eram dirigidos apenas à CoronaVac. No mesmo discurso em que falou sobre anticorpos, questionou a vacina da Pfizer/BioNTech, que tem sido amplamente usada nos Estados Unidos, na Europa e em Israel, como se representasse um risco de “virar jacaré”.

Mais uma vez, no entanto, Bolsonaro voltou atrás, e o Ministério da Saúde comprou, com muito atraso, 100 milhões de doses da Pfizer.

“Tá muito suspeita essa pressa em gastar R$ 20 bilhões pra comprar vacina.”
20 de dezembro, em entrevista

No final de dezembro, depois que a Europa já havia iniciado a vacinação, Bolsonaro se mostrou calmo frente à urgência de acelerar a imunização por aqui. Em entrevista ao filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ele disse ter “prudência” e não entender a “pressa para comprar vacina”.

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