Bolsonaro critica indiciamento e dispara contra Alexandre de Moraes: ‘Faz tudo o que não diz a lei’
Em publicação no ‘X’, ex-presidente afirmou que aguardará seu advogado para avaliar o indiciamento
Valter Campanato/Agência Brasil
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) usou sua conta no ‘X’ nesta quinta-feira (21) para compartilhar trechos de uma entrevista ao portal Metrópoles. Na publicação, ele afirmou que aguardará seu advogado para avaliar o indiciamento. As informações são da Agência Brasil.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, iniciou.
O ex-presidente também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da PF que investiga uma organização criminosa acusada de tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), em 2022. A PF acusa os envolvidos de planejar atos que poderiam resultar na abolição violenta do Estado Democrático de Direito e na prática de golpe de Estado.
Entre os outros indiciados estão o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; os ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Souza Braga Netto (Casa Civil e Defesa); o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto.
O relatório final da investigação foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. A PF também realizou, na última terça-feira (19), uma operação para prender membros de uma organização criminosa suspeita de planejar os assassinatos do presidente Lula, do vice Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
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