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OMS aponta Brasil como país mais ansioso do mundo: especialista explica como conter o problema

"Conheça suas habilidades e a melhor versão de você mesmo", recomenda o médico psiquiatra Moacir Oliveira, convidado do Podcast do Portal M!

Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) com um mapeamento global de transtornos mentais mostram o Brasil como o país com a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade. O levantamento aponta que cerca de 9,3% dos brasileiros sofrem ansiedade patológica.

Os números indicam, no entanto, que essa é uma realidade mundial. Após o Brasil, aparecem no  ranking: Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%). Diante desses dados, é possível constatar que a ansiedade já é um problema de saúde pública, sobretudo em solo brasileiro.

Convidado do Podcast do Portal M!, o médico psiquiatra Moacir Oliveira, especialista em Medicina Física e Reabilitação e pós-graduado em Psicoterapia e em Psiquiatria, falou sobre o assunto. De acordo com o profissional, questões genéticos e fisiológicos podem favorecer a incidência dos transtornos de ansiedade, incluindo histórico familiar, fatores ambientais e constituição psicológica.

Em algum grau, todo indivíduo convive com a ansiedade, e o que varia é a intensidade disso, o que depende muito das práticas adotadas por cada pessoa. Para Moacir Oliveira, melhorar a qualidade de vida é essencial para que a ansiedade não se torne um problema de saúde mental.

“Aprender sobre meditação, fazer pausas para relaxar, esses exercícios ajudam muito e fazem com que a gente aprenda a respirar, dormir bem e se informar. Faça leitura, aceite como você funciona, procure entender que as coisas acontecem e não podemos controlar, identifique situações que trazem ansiedade e ressignifique o que elas significam para você. Conheça suas habilidades e a melhor versão de você mesmo. Cultive a gratidão e os afetos positivos”, recomenda.

Um sinal de que a ansiedade já se tornou um problema de saúde mental é quando ela passa a gerar sofrimento psicológico significativo no individuo, causando prejuízo em várias funcionalidades, como interferência nas relações interpessoais, familiares, no convívio social, no trabalho, no sono, entre outros.

“A ansiedade distorce a realidade, colocando maior gravidade e risco para a pessoa ansiosa, segundo a interpretação dela. A terapia ajuda a corrigir essa percepção, tornando os pensamentos mais condizentes com a verdade dos fatos por meio de técnicas adequadas, ressignificando crenças profundas. O padrão ouro é a terapia cognitivo-comportamental, segundo vários pesquisadores, mas existem outros modelos também eficazes”, disse Moacir Oliveira, destacando a terapia como um elemento importante na busca pela saúde mental.

Confira o podcast na íntegra:

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