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Embasa vai investir R$ 6,7 bilhões e quer ajuda de inciativa privada para universalizar serviço na Bahia

Anúncio foi feito pelo presidente Leonardo Góes, durante fórum internacional em Salvador

O presidente da Embasa, Leonardo Góes, afirmou que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento, de economia mista e vinculada à Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), vai investir R$ 6,7 bilhões no Estado, nos próximos 5 anos, para ampliação do acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário. O anúncio foi feito, na manhã desta quinta-feira (11), durante o Fórum Internacional Universalizar que acontece até esta sexta (12), no Hotel Wish, no centro de Salvador.

Em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, Góes disse que a Embasa investiu R$ 1 bilhão em 2023, o que possibilitou o acréscimo de 97 mil ligações de água e 69 mil de esgoto em 368 municípios baianos onde atua. Segundo ele, o volume de investimento da companhia nos últimos 4 anos foi de R$ 3,2 bilhões.

“A gente tá falando de R$ 6,7 bilhões e ainda inscrevemos projetos no PAC de fonte nova e não onerosa. A gente tá falando de 4 anos e eu tenho 10 pela frente. Então, provar que a gente consegue buscar recursos e executar neste nível, que é mais do que o dobro do que a empresa vinha fazendo nos últimos anos, é a primeira etapa. E buscar parcerias, tá estudando todas as formas de relação com o [setor] privado, mesmo em contratos de performance, locação de ativos. Colocar recursos no mercado, eu acho que é isso, é trazer esse mercado pra trabalhar conosco e buscar outras soluções”, pontuou.

Segundo o presidente, universalizar o saneamento básico não só na Bahia como no país é um grande desafio e a realização da segunda edição do fórum é justamente discutir sobre o assunto, conhecer experiências e buscar soluções.

“Sem dúvida, pra Bahia e pra Embasa é uma demarcação de espaço trazer esse debate aqui pro Estado. Um momento oportuno, atingiu números recordes nos 50 anos da empresa, mas, apesar disso, o desafio colocado, que é universalizar o saneamento no Estado do tamanho da França em 10 anos, é preciso debater novas formas de fazer. Então, eu acho que a forma é trazer a academia, as experiências internacionais, os outros colegas que passam e enfrentam os mesmos desafios e trocar experiências, debater, discutir, olhar os últimos artigos e novidades do setor”, destacou o dirigente.

Ainda em entrevista ao Portal M!, o engenheiro agrônomo também comentou que ainda existe um tabu sobre misturar investimentos públicos e privados, mas que a junção é importante para conseguir a universalização do saneamento no Estado.

“Essa é uma questão que divide, mas não deveria até porque uma parte do nosso serviço ele já é terceirizado normalmente, as obras feitas da empresa. Não é uma empresa de construtora, ela é uma empresa de serviços. Então, a gente constrói, mas já é feito pelo setor. Então, regrar essa parceria com o privado e trazê-lo também e partilhar parte dos riscos, inclusive, risco de construção, risco regulatório, esse é um exercício a ser feito”, ressaltou.

Questionado sobre o desafio de atrair investimentos privados em pequenas cidades do interior baiano, Góes disse que se associar à empresa é pegar o “pacote todo”. “A Embasa já faz esse equilíbrio, a gente trabalha em quase todo o Estado. Então, ao entrar numa parceria com a Embasa, seja por performance, outro modelo, você já entra nesse pacote também de dividir um pouco do que é pequeno, do que é grande. E eu acho que o nosso Estado tem um potencial, talvez seja a maior fronteira de negócio e de oportunidade para avanço, principalmente, esgotamento sanitário em algumas regiões do Estado”, explicou ao Portal M!.

Atualmente, a Embasa está presente em 368 dos 417 municípios baianos, atendendo os baianos com mais de 4,1 milhões de ligações de água e 1,5 milhão de esgoto. A presença da empresa acontece por meio de 19 unidades regionais (URs), sendo seis na Região Metropolitana de Salvador, além de vários escritórios locais no interior do Estado.

 

Confira entrevista:

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