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Após troca histórica, prisioneiros americanos libertados pela Rússia são recebidos por Biden

Após troca histórica, prisioneiros americanos libertados pela Rússia são recebidos por Biden
Negociação diplomática teve intermédio da Turquia e envolveu libertação de 26 pessoas de sete países

Após uma troca histórica entre os Estados Unidos e Rússia, o jornalista Evan Gershkovich, o ex-fuzileiro naval Paul Whelan e a jornalista Alsu Kurmasheva, que estavam presos, chegaram aos Estados Unidos e foram recebidos pelo presidente Joe Biden e pela vice-presidente Kamala Harris. O encontro aconteceu, nesta quinta-feira (1º), na base militar de Andrews, próxima a Washington.

O avião que transportava os três prisioneiros da Rússia pousou e marcou o fim de uma longa e complicada negociação diplomática. Esta troca, considerada a maior entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria, envolveu a libertação de 26 prisioneiros.

Em um comunicado, Biden classificou o acordo como uma “façanha diplomática” e expressou alívio pelo fim do sofrimento dos agora ex-prisioneiros e seus familiares. Também foi solto Vladimir Kara-Murza, um crítico do Kremlin que morava nos Estados Unidos e retornou ao país separadamente.

Segundo agências internacionais, o acordo proporciona ao governo Biden um sucesso diplomático de destaque enquanto a campanha presidencial dos EUA, que coloca Harris contra o ex-presidente republicano Donald Trump, entra em seus meses finais.

Mediação

A principal mediadora da negociação foi a Turquia. As 26 pessoas libertadas possuem nacionalidade de sete países: EUA, Rússia, Alemanha, Polônia, Eslovênia, Noruega e Belarus. De acordo com o governo turco, dez russos, incluindo dois menores, foram trocados por 16 ocidentais e opositores russos detidos na Rússia e em Belarus. 

Biden agradeceu o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, por garantir que o processo de troca ocorresse sem problemas. Assim como o americano, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu os prisioneiros libertados em Moscou e expressou gratidão aos líderes internacionais que auxiliaram na negociação. 

“Quero felicitá-los pelo seu regresso à sua terra natal”, declarou o presidente russo. 

Como parte do acordo, o Kremlin indicou que Putin perdoou os prisioneiros. A troca incluiu figuras notórias, como Vadim Krasikov, preso na Alemanha pelo assassinato de um ex-líder checheno. O governo alemão reconheceu que a decisão de libertar Krasikov foi difícil, mas necessária para o sucesso do acordo. Entre os transferidos para a Alemanha estava Rico Krieger, condenado à morte em Belarus por espionagem e recentemente perdoado.

A Anistia Internacional observou que a troca de prisioneiros destaca a estratégia de Putin em usar prisioneiros políticos como instrumentos de negociação. Esta foi a primeira troca significativa entre Moscou e o Ocidente desde a libertação da jogadora de basquete Brittney Griner em dezembro de 2022, trocada pelo traficante de armas russo Viktor Bout.

Em 2010, outro acordo permitiu a libertação de 14 espiões, incluindo a russa Anna Chapman, condenada nos Estados Unidos, e Sergei Skripal, um agente duplo preso na Rússia. Evan Gershkovich foi libertado pela Rússia após passar 16 meses preso no país sob acusação de espionagem. Em julho, foi condenado a 16 anos de cárcere pelo crime – ele nega as imputações. 

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