Israel intensifica ataques no Líbano após investida contra a residência de Netanyahu

Israel intensificou, neste domingo (20), seus ataques no Líbano, bombardeando o que descreveu como o quartel-general de inteligência do grupo extremista Hezbollah em Beirute, um dia após a residência de veraneio do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ser atingida por um drone. A investida reflete a escalada na tensão entre Israel e o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.

Ao mesmo tempo, na Faixa de Gaza, equipes de resgate ainda tentam retirar corpos dos escombros após uma ofensiva israelense que resultou em dezenas de mortes. Segundo o Ministério da Saúde palestino, ao menos 87 pessoas estão mortas ou desaparecidas após um ataque aéreo ocorrido no sábado (19) em Beit Lahiya, no norte de Gaza, que resultou em uma das maiores taxas de fatalidades para um único ataque nos últimos meses. Israel afirma que está investigando os relatos sobre o incidente.

A recente ofensiva de Israel é parte de uma intensificação dos ataques contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano, com o objetivo de enfraquecer esses grupos extremistas. Na última quinta-feira (17), Israel matou Yahya Sinwar, líder do Hamas, o que, segundo especialistas, pode abrir caminho para negociações de cessar-fogo, visando interromper o conflito que se arrasta há mais de um ano na região.

Com a aproximação das eleições nos Estados Unidos, autoridades e diplomatas envolvidos nos esforços de paz dizem que Israel busca garantir a segurança de suas fronteiras, impedindo que os inimigos se reagrupem. Israel também se prepara para responder a um ataque com mísseis realizado pelo Irã no início do mês, embora Washington esteja pressionando para que as represálias não atinjam instalações nucleares ou energéticas iranianas.

Em um discurso no sábado, Netanyahu afirmou que foi alvo de uma tentativa de assassinato pelo Hezbollah, a quem ele considera um representante dos interesses iranianos no Oriente Médio. Em uma ligação com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Netanyahu reiterou que Israel tomará decisões com base em seus próprios interesses, buscando preservar sua segurança na região.