Bruno Reis admite que transporte foi setor que menos avançou e acusa Governo do Estado
Candidato à reeleição apresentou documento do governo estadual pedindo retirada de linhas de ônibus e diz que não atenderá mais
Atual prefeito e candidato à reeleição em Salvador, Bruno Reis (União Brasil) afirmou, na noite desta sexta-feira (13), que o transporte público foi o setor da sua gestão que menos apresentou avanços nestes 4 anos. Ele é o último sabatinado entre os principais prefeituráveis pelo Portal M! em parceria com outros cinco veículos de imprensa: Informe Baiano, Bahia.ba, Política Livre, Tribuna da Bahia e TV Alba.
Bruno aponta que a área já apresentava problemas antes da pandemia e, com a crise do Covid, colapsou. “Quem quer resolver o problema, o primeiro passo é admitir que pode melhorar. Não avançamos muito por conta de um transporte de pneus que já vinha em crise, depois da pandemia, colapsou. Hoje, nós estamos colocando dinheiro para evitar que os ônibus parem. Pagamos R$ 0,43 de cada passageiro. Mas há muito a avançar”, afirmou o candidato.
Ele pontuou que com a chegada do metrô, teve que adaptar as linhas e tirar as concorrentes do novo modal. Novamente, o prefeito afirmou que a decisão foi tomada a pedido do próprio Governo do Estado e apresentou ofício enviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) com a solicitação.
“Vejo meu adversário falar da linha Mussurunga x Barra. Tem uma estação do metrô, a pessoa pode pegar e ir direto à Lapa e pegar ônibus. Essa linha, a prefeitura tem diversos ofícios para que a gente pudesse fazer a integração”, disse o atual prefeito, que seguiu.
“Todas as linhas que foram readequadas foi a pedido do Governo do Estado. Ele é um candidato que não tem compromisso, ele é vice-governador. Todo dia eles mandam documento para o Ministério Público para me processar”, disse Bruno, referindo-se a Geraldo Jr (MDB).
O atual prefeito afirmou que não vai mais tirar linhas e o governo estadual precisará recorrer à Justiça para readequa-las. Bruno Reis anunciou ainda a compra de ônibus convencionais e elétricos, o que espera melhorar a experiência do passageiro.
“Quem está preparado para resolver o problema é este prefeito. Estamos comprando quase 400 ônibus, 300 convencionais e 77 elétricos. Com a chegada, vamos ter mais linhas, reduzir o tempo de espera, vamos chegar a 60% da frota com ar-condicionado”, afirmou o prefeito, que ainda garantiu chegar a 100% da frota climatizada em 2028.
Tarifa
O candidato do União Brasil afirmou ainda que o Governo do Estado é o culpado pelo valor da tarifa de ônibus não ser menor. Segundo ele, o estado não dá qualquer isenção no óleo diesel e não aceitaria redividir a tarifa.
“O metrô de Salvador vai ser o mais caro do mundo. Adotaram um modelo de gestão equivocada. Falam do BRT, mas ainda faltam 20 anos para pagar o metrô. A receita do metrô é R$ 4,90. Quando você pega um ônibus e um metrô, fica 60% do R$ 5,20 pro metrô e 39% pro ônibus”, disse.
Ele afirmou ainda que o metrô deveria transportar 630 mil passageiros, mas registra tráfego 250 mil abaixo. Para Bruno Reis, a repartição é injusta, tendo em vista que o metrô não tem demandas que o transporte municipal tem.
“Repartição injusta, o metrô não tem combustível, pneu, cobrador, motorista, manutenção. Se o Estado isentasse óleo diesel, a tarifa do ônibus reduzia R$ 0,22”.
Trens e VLT
A promessa de implantar o VLT em substituição aos trens no Subúrbio Ferroviário em Salvador é antiga, ainda da gestão do ex-governador Rui Costa (PT). No entanto, após 3 anos, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) autorizou, em junho, o início das obras e a nova previsão é que o primeiro trecho entre a ilha de São João e a Calçada seja concluído em 2027. Já em julho, o petista oficializou a compra de 40 trens do VLT do governo do Mato Grosso.
Após um ciclo de mais de 160 anos, os trens do Subúrbio foram desativados pelo Governo do Estado em 2021. Sua última viagem foi feita em 13 de fevereiro. Com passagem a R$ 0,50, cerca de 6 mil usuários utilizavam os velhos vagões que ligavam os bairros de Paripe e Calçada, percorrendo 13,5 quilômetros e paradas em dez estações. Depois de 3 anos, os moradores contam apenas com ônibus e micro-ônibus que circulam na região como alternativa de transporte, já que o metrô ainda não chega no Subúrbio.
Sem citar o nome de Geraldo Jr (MDB), Bruno Reis afirmou que o candidato mentiu na sabatina na terça-feira (10) quando disse que a Prefeitura de Salvador impede a liberação do Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). “Torço para que o governo entregue o VLT, mentiu aqui dizendo que a Prefeitura não libera. Tem que dizer a verdade, mas torço que tire do papel. Assim que tirar, imediatamente esse prefeito vai aprovar. VLT funcionando, teleférico e outros sistemas funcionando, teremos um sistema mais moderno, mais seguro e com mais rapidez”, disse.
Questionado sobre mais uma promessa que não saiu do papel do governo estadual e o motivo pelo qual não assumiu a ausência dos trens do Subúrbio, Bruno Reis afirma que, se eleito, vai compensar o Subúrbio com a implantação de um teleférico. “Deixei o melhor para o Subúrbio, vou fazer um teleférico. Ele vai passar pelo parque São Bartolomeu, Pirajá, e integrar com o metrô. Inclusive, vai diminuir muito a necessidade do VLT, que torço, espero o dia. Se elegeram prometendo uma Ferrari e vão entregar um Fusquinha. Eles têm a concessão da área, estavam tratando o assunto, não faz sentido, já que já tinha projeto, empresas contratadas, a gente dizer que ia fazer”, disse o candidato à reeleição.
Sabatinas
O prefeito Bruno Reis (União Brasil), que tenta renovar seu mandato em outubro, foi o último dos três principais candidatos à Prefeitura de Salvador a participar da sabatina pelo pool de veículos. Na última terça-feira (10), o entrevistado foi o vice-governador Geraldo Jr (MDB). No dia seguinte, na quarta-feira (11), foi a vez do professor Kleber Rosa (PSOL). As sabatinas foram transmitidas ao vivo, sempre às 19 horas, e o conteúdo pode ser acessado no YouTube do Portal Muita Informação.
Confira sabatina completa:
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