Documentário sobre raízes religiosas dos blocos afros é exibido no Wish
Documentário explora as raízes culturais e religiosas dos blocos afro e afoxés no Carnaval de Salvador
As raízes culturais e religiosas de Blocos Afro e Afoxés de Salvador são tema do documentário ‘Sons do Terreiro Mundo’, que será exibido no Wish Hotel da Bahia nesta quarta-feira (28), às 19h.
A exibição do filme integra a programação da noite dedicada aos blocos afros. O evento celebrará marcos da cultura baiana em 2024, à exemplo dos 75 anos do Afoxé Filhos de Gandhy e dos 50 anos do Ilê Aiyê.
O documentário conta com depoimentos de figuras influentes como Arany Santana, diretora do Ilê Aiyê, Alberto Pitta, criador do Cortejo Afro, e Agnaldo Fonseca, bailarino do Malê Debalê, e promete aprofundar os conhecimento sobre origens e importância da musicalidade afro-brasileira no Carnaval de Salvador.
Produzido pela equipe do A Tarde Play, núcleo audiovisual do Grupo A Tarde, o documentário também apresenta uma perspectiva sobre o impacto do Candomblé na cultura dos blocos afro.
Também contribuíram ao documentário representantes dos principais blocos Afro, como Ilê Aiyê, Olodum, Malê Debalê, Banda Didá e Cortejo Afro, além do Afoxé Filhos de Gandhy e figuras influentes como o mestre de percussão Gabi Guedes, o poeta James Martins e a coreógrafa Nildinha Fonsêca.
Agnaldo Fonseca, bailarino e coordenador do departamento de dança do Malê Debalê, o maior balé afro do mundo, considera que espaços de axé foram as primeiras organizações negras de potencialização.
“Quando chegamos aqui na condição de escravizados o único lugar que o negro se segurou foi nas suas heranças ancestrais africanas. Foram elas que mantiveram eles para resistir, como estamos resistindo até hoje. Os espaços de terreiro são de extrema importância para manter firme essa fé”, afirma.
Artista plástico e criador do Cortejo Afro, Alberto Pitta ressalta que o candomblé não é importante apenas para o Cortejo, mas para todos os blocos afro.
“O Ilê foi fundado dentro de um terreiro. A partir disso, várias comunidades começaram a fundar seus blocos afro e seus afoxés e, naturalmente, feitos por pessoas ligadas aos terreiros de candomblé. Daí isso vira uma tradição. Todo afoxé e bloco afro tinha a sua mãe de santo. Ou seja, o Candomblé legitima o Carnaval negro e baiano”.
Carnaval 2024 celebrou blocos-afro
Em 2024, tanto o governo da Bahia quanto a prefeitura de Salvador investiram no Carnaval para promover a cultura e os blocos afros, que teve como tema ‘Salvador Capital Afro’.
A Prefeitura de Salvador investiu R$ 8 milhões em blocos afros e afoxés, e apoiou 130 entidades de matriz africana independentes. Já o governo estadual investiu R$ 15 milhões no programa Carnaval Ouro Negro, que apoiou 132 instituições e blocos em Salvador e no interior do estado.
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