José Dirceu faz alerta à esquerda sobre 2026 e dispara contra anistia a golpistas
Ex-ministro defende mobilização popular e critica influência do mercado na disputa eleitoral

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) afirmou, nesta última segunda-feira (31), que a esquerda precisa se mobilizar e “despertar” para as eleições, alertando sobre o avanço da direita no cenário político. Durante um evento realizado na PUC-SP, o petista destacou a necessidade de ampliar as manifestações populares e reforçar a oposição à proposta de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
O petista também apontou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o principal candidato da direita, já contando com o apoio do mercado financeiro. Segundo ele, enquanto a direita tem uma estratégia definida, a esquerda precisa consolidar seus objetivos.
“O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o nome escolhido pela direita, já contando com o apoio da elite paulista”, declarou Dirceu.
Dirceu critica anistia aos golpistas
De acordo com Dirceu, em outubro deste ano, o período de campanha terá início e a esquerda precisa definir uma plataforma clara para o pleito de 2026. Para ele, é fundamental que o campo progressista se mobilize nas ruas, organize atos e amplie o diálogo com o eleitorado.
Segundo o ex-ministro, a disputa de narrativas segue em andamento e o campo progressista precisa intensificar as manifestações nas ruas, especialmente contra a proposta de anistia. Ele ressaltou ainda a importância de mobilizar o eleitorado de forma a garantir que as eleições para a Câmara dos Deputados e o Senado recebam a mesma atenção dedicada à eleição presidencial.
Lula “sitiado”
Dirceu voltou a afirmar que o governo Lula está “sitiado” em seu atual mandato, mencionando que a base de apoio do presidente é composta por partidos como o PP, PL e União Brasil. O petista também se prepara para disputar as eleições de 2026, com a intenção de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
“Nós temos que ter consciência que se nós não nos levantarmos eles nos vencerão, como já aconteceu no passado”, disse o petista.
Dirceu participou de um evento na PUC-SP nesta segunda-feira (31), em repúdio ao golpe de 1964 e contra a anistia dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. O encontro, organizado pelo Grupo Prerrogativas, reuniu aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi marcado por críticas ao posicionamento do governo sobre a data que marcou os 61 anos do golpe militar.
Reflexões sobre governo e críticas ao posicionamento oficial
O ex-deputado federal José Genoíno (PT) afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem cumprido um papel importante, mas que o campo progressista não pode delegar seu futuro “exclusivamente a uma decisão jurídica”. “A política tem que entrar para o debate para ganhar corações e mentes para um projeto libertador”.
O jornalista Breno Altman também recebeu aplausos ao criticar o silêncio do governo em relação ao aniversário do golpe militar. Como revelou o jornal Estadão, o governo não organizou nenhum ato oficial para marcar os 61 anos do golpe de 1964.
Nas redes sociais, pelo X (antigo Twitter), o presidente Lula declarou que o 31 de março serve para “lembrarmos da importância da democracia, dos direitos humanos e da soberania do povo” em eleger representantes políticos. Sem citar Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que “ameaças autoritárias” ainda persistem no país.
Governo reforça compromisso com democracia
Ao ser questionado sobre a ausência de um ato oficial do governo para lembrar o golpe de 1964, José Dirceu minimizou a situação, afirmando que o mais importante foi a falta de mobilização das Forças Armadas na data. O evento na PUC-SP contou com a presença de lideranças políticas e jurídicas alinhadas ao governo.
Marco Aurélio de Carvalho, organizador do encontro e coordenador do Grupo Prerrogativas, defendeu o compromisso do presidente Lula com a democracia e as instituições. Ele citou medidas como a criação do Observatório da Democracia pela Advocacia-Geral da União (AGU) e a reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos pelo Ministério dos Direitos Humanos, que também determinou a correção das certidões de óbito das vítimas da ditadura.
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