Explosões na Praça dos Três Poderes somam-se a ataques históricos em Brasília; relembre
Tentativas de golpe, ataques com bombas e até ações como lançar um avião contra o Palácio do Planalto fazem parte desse histórico
As explosões que interditaram a Praça dos Três Poderes na noite de 13 de novembro se somam a outros episódios de pânico registrados na capital federal nos últimos anos. Tentativas de golpe, ataques com bombas e até ações como lançar um avião contra o Palácio do Planalto fazem parte desse histórico.
Um caso marcante ocorreu durante o governo de José Sarney (1985-1990), quando um ônibus invadiu o Palácio do Planalto. Em 30 de maio de 1989, João Antônio Gomes roubou o veículo na rodoviária e, sem ser parado, dirigiu até o local. Por volta das 18h, ele entrou no salão principal com o ônibus, causando destruição em um percurso de 20 metros.
O incidente causou danos materiais, destruindo vidros, parte do teto e estruturas de alumínio, até o veículo colidir com uma coluna. José Sarney, que voltava de viagem ao interior de Minas Gerais, foi informado do ocorrido pelo chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), general Ivan de Souza Mendes. Após inspeção, a Polícia Federal não encontrou explosivos no ônibus.
Reportagens da época indicam que João Antônio, sob efeito de álcool, foi contido por agentes da portaria. O pânico inicial na segurança permitiu que ele dirigisse na contramão até a calçada do Planalto. O Batalhão da Guarda Presidencial cercou o local dez minutos após o ocorrido.
Em março de 1989, outro incidente envolveu um automóvel que atingiu o portão do Palácio da Alvorada enquanto José Sarney dormia. O motorista também estava alcoolizado e causou danos ao portão da residência oficial.
Sequestro do voo 375
No dia 29 de setembro de 1988, Raimundo Nonato Alves da Conceição sequestrou um Boeing 737 da Vasp, armando-se com um revólver e exigindo que o avião fosse lançado contra o Planalto. Ele culpava o governo de José Sarney pela sua situação financeira e buscava retaliação. Durante o sequestro, o co-piloto Salvador Evangelista foi morto, mas o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva conseguiu manter o controle.
O comandante sobrevoou Brasília, evitando que Nonato identificasse o Palácio. Com pouco combustível, realizou uma manobra que fez o sequestrador bater a cabeça e perder a consciência. O Boeing pousou em Goiânia após quatro horas. Nonato recuperou os sentidos e retomou o controle, mantendo 90 reféns por mais cinco horas.
Explosivo no aeroporto de Brasília
Em 24 de dezembro de 2022, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desativou uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília. O explosivo foi encontrado em um caminhão estacionado na Estrada Parque Aeroporto. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e a Polícia Federal atuaram na operação de desativação.
As investigações revelaram que o plano foi organizado em um acampamento próximo ao Quartel-General do Exército, frequentado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Inicialmente, a bomba seria instalada em um poste de energia, mas foi colocada em um caminhão carregado com querosene de aviação. O motorista do caminhão alertou as autoridades ao identificar um objeto suspeito.
Ataques de 8 de janeiro
Em 8 de janeiro de 2023, cerca de 3.900 manifestantes chegaram a Brasília para protestar contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Convocações circularam em redes sociais pedindo que apoiadores de Jair Bolsonaro se concentrassem na capital. Desde o início do mês, muitos permaneciam acampados em frente a quartéis.
No período da tarde, o grupo avançou pela Esplanada dos Ministérios e depredou o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto. Registros mostram que as barreiras de segurança foram insuficientes para conter os manifestantes.
Naquele dia, 209 pessoas foram presas, e o número de detidos aumentou nos dias seguintes.
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