Argentina prende mais um brasileiro foragido dos atos golpistas de 8 de janeiro
Prisões incluem envolvidos condenados por depredação e incitação ao golpe de Estado
A polícia da Argentina prendeu dois brasileiros procurados pelos atentados golpistas de 8 de janeiro de 2023, conforme informações do Ministério de Segurança do país. Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anos, foi detido na sexta-feira (15) pela Polícia da Província de Buenos Aires enquanto realizava trâmites migratórios. No dia anterior, Joelton Gusmão de Oliveira foi capturado em La Plata, cidade a 60 km da capital argentina.
Ambos seguem presos na Argentina à disposição do juiz Daniel Rafecas, da Justiça Federal de Buenos Aires, que decidirá sobre os processos de extradição. Gusmão já prestou depoimento, enquanto Ramalho deve ser ouvido neste sábado (16). A defesa de ambos não se pronunciou até o momento.
Prisões e extradição
Joelton Gusmão de Oliveira, morador de Vitória da Conquista (BA), foi condenado a 17 anos de prisão em fevereiro deste ano por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e danos ao patrimônio público. Segundo relatório da Polícia Federal, ele incitou invasores a subirem a rampa do Congresso Nacional e filmou a esposa discursando no Plenário do Senado pedindo intervenção militar. Durante os ataques, Joelton foi registrado comemorando a invasão e afirmando que “é assim que toma o poder”.
Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, residente de Marília (SP), era considerado foragido desde abril deste ano, após a perda do sinal de sua tornozeleira eletrônica. Pai de dois filhos e entregador de comida, ele havia sido preso em flagrante nos atos de janeiro e condenado em abril a 12 anos e seis meses de reclusão, além de um ano e seis meses de detenção. A sentença incluiu o pagamento de R$ 30 milhões em indenização coletiva, dividida entre os condenados.
As detenções ocorrem após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a extradição de brasileiros foragidos na Argentina. O pedido original foi feito pela Polícia Federal, que identificou mais de 60 fugitivos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes. Desde junho, o Brasil busca cooperação com a Argentina para localizar os investigados.
Colaboração internacional
A operação ganhou reforço com a revisão da legislação argentina em outubro, eliminando o status de refugiado para estrangeiros condenados ou acusados em seus países de origem. O governo de Javier Milei manifestou apoio ao cumprimento do processo legal. Segundo o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, “se efetivamente existem criminosos na Argentina nessas condições, seguiremos o caminho legal correspondente”.
Os ataques de 8 de janeiro, que ocorreram uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), resultaram na depredação de prédios públicos e violência contra o patrimônio tombado. Manifestantes, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, alegavam fraude eleitoral e exigiam intervenção militar para destituir o novo governo.
Desde então, a Polícia Federal prendeu centenas de envolvidos, e esforços continuam sendo realizados para localizar outros foragidos. A colaboração entre Brasil e Argentina é considerada estratégica para garantir a responsabilização pelos atos golpistas.
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