Wagner agradece lembrança, mas nega que vai assumir presidência nacional do PT
Em meio a conflitos partidários, senador petista indicou nome para substituir Gleisi Hoffmann
O senador Jaques Wagner (PT) se pronunciou, nesta quinta-feira (7), em suas redes sociais, sobre a especulação de seu nome para assumir a vaga da deputada federal Gleisi Hoffmann na presidência nacional do PT. Diante de uma possível indicação, o petista agradeceu pela lembrança, mas afastou os rumores e descartou que seja uma terceira via para assumir o posto. O ex-governador baiano ainda citou um dos nomes cotados internamente para comandar a sigla.
“Esta semana saiu na imprensa a informação de que eu poderia ser uma ‘terceira via’ possível na sucessão da presidência do PT. Agradeço a lembrança do meu nome para disputar a presidência do meu partido, e me sentiria honrado em presidi-lo. Mas há nomes colocados de pessoas muito preparadas para assumir este importante cargo. Entre elas, destaco o nome de Edinho Silva, prefeito de Araraquara, por quem eu tenho um grande apreço”, escreveu Wagner em publicação no X (antigo Twitter).
Por ter uma forte relação com o presidente Lula (PT), a indicação de Jaques Wagner pode ter uma consideração relevante nos bastidores da legenda. Inclusive, o senador ocupou o cargo de ministro da Casa Civil durante o primeiro mandato do petista à frente do Governo Federal. O ex-governador da Bahia também é conhecido por ter uma boa articulação política, o que favorece a citação de Edinho Silva como possível nome a presidir a sigla.
Atualmente, Wagner está afastado de seu cargo no Senado Federal após passar, no último dia 19, por procedimento cirúrgico no tornozelo. O senador Otto Alencar (PSD) assumiu a liderança do Governo na Casa e deve ficar até dezembro. Janeiro inicia o recesso legislativo e a Casa voltará a funcionar apenas em fevereiro.
Cenário interno do PT
No momento, o cenário interno do PT se vê em conflito, já que a presidente nacional Gleisi Hoffmann esteve envolvida em embates políticos com outros petistas. Inclusive, em exclusiva ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o cientista político Paulo Fábio Dantas comentou sobre as dificuldades que a legenda passa, estas que não são admitidas pela dirigente partidária.
“Eu não diria que o PT está em um processo de declínio. Acho que o PT está em um processo de retomada, porque tem ainda recursos para isso, mas com uma série de dificuldades. Para crescer na velocidade que precisaria, teria que estar com um outro tipo de relação e discurso com a sociedade”, disse Paulo Fábio.
Além disso, recentemente, a rusga foi novamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, logo após vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Diante das declarações do ministro de que o cenário econômico do país estaria passando por um processo de limitação de gastos, Gleisi afirmou que economia do Brasil está crescendo e os fundamentos estão “em ordem”. A presidente do PT também voltou a direcionar reclamações ao Banco Central (BC) pela falta de atuação para reduzir cotação do dólar.
Outro atrito político da dirigente partidária foi com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, após ele criticar o desempenho do PT nas eleições municipais de 2024. Em meio ao avanço da extrema-direita no Brasil, que registrou uma crescente neste período eleitoral, Gleisi Hoffmann citou que o quadro petista foi positivo e ainda pediu para o ministro focar na responsabilidade das “articulações políticas do governo”, em vez de “diminuir o partido” e “fazer graça”.
PT na Bahia
Além das especulações no cenário nacional, o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, é mais um que pode deixar o cargo. O dirigente assumiu o comando do partido há pouco mais de 6 anos, quando teve o seu mandato renovado depois dos 4 anos iniciais.
Apesar de ter indicado um quadro positivo da legenda no Estado, a conversa nos bastidores é de que o pupilo do senador Jaques Wagner pode querer alçar novos voos e assumir novos desafios. Porém, nenhuma decisão está clara até o momento, já que a movimentação partidária na Bahia deve entrar em alinhamento com o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
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