Bolsonaro confirma ida ao Senado em busca de anistia para ele e presos do 8/1: ‘Sou o segundo plano’
Situação está gerando um impasse entre os bolsonaristas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que esteve no Senado Federal em meio às discussões sobre um plano de anistia que pode beneficiá-lo e outros condenados pelo ataque aos prédios dos Três Poderes em janeiro de 2023. As articulações visam reverter a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impede Bolsonaro de se candidatar até 2030, devido a suas ações contra a democracia.
O movimento acontece em um contexto onde o PL (Partido Liberal) busca estratégias para que Bolsonaro possa concorrer às eleições de 2026 contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A situação está gerando um impasse entre os bolsonaristas, com pressão interna no PL para restaurar os direitos políticos de Bolsonaro. As discussões giram em torno da inclusão de emendas ao projeto de lei de anistia, que atualmente está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tem se reunido com Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para articular uma saída que beneficie o ex-presidente e seus apoiadores.
Lira, em um movimento estratégico, criou uma comissão especial para analisar o projeto de anistia. Essa medida pode atrasar a tramitação da proposta, já que uma comissão especial requer, em média, 40 sessões do plenário para emitir um parecer. O caráter sigiloso das motivações por trás dessa movimentação tem gerado especulações nos bastidores da política.
Após uma reunião com senadores de seu partido, Bolsonaro falou à imprensa, manifestando apoio à criação da comissão. Ele enfatizou que a prioridade é ajudar os militantes que estão presos, e não sua própria situação. “A prioridade nossa é com o pessoal que está preso. Eu sou o segundo plano”, declarou o ex-presidente, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
Bolsonaro expressou esperança de que o projeto de anistia seja bem recebido pela oposição, e fez um apelo para que o próprio Lula assumisse a liderança na iniciativa. “Eu gostaria que o Lula fosse tomar essa iniciativa de anistiar. Porque eu entendo, com todas os defeitos que ele tem, será que ele não tem coração também? Não sabe quem está preso? São pessoas humildes”, afirmou.
O ex-presidente ainda mencionou que a possibilidade de apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) para suceder Lira na presidência da Câmara foi discutida. No entanto, ele deixou claro que não condicionou esse apoio à aprovação da anistia.
A articulação em torno da anistia também está ligada à eleição na Câmara. Hugo Motta assegurou ao PT que o projeto da anistia não será um tema de campanha, permitindo que Lira resolva a questão antes do término do ano. Essa estratégia busca evitar desgastes desnecessários na busca por apoio de diferentes grupos durante a eleição.
O PL se reunirá entre os dias 29 e 30 de outubro para discutir os desdobramentos do plano de anistia. As orientações internas para os bolsonaristas incluem a recomendação de não comentarem publicamente sobre o assunto, evidenciando a delicadeza da situação e a necessidade de cautela nas articulações políticas.
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