Por trás de um simples soluço há um sofisticado sistema de aprendizado que o conecta a respiração e o cérebro de bebês muito pequenos. É o que sugere um estudo publicado na última semana por pesquisadores da University College London, na Inglaterra, no periódico Clinical Neurophysiology.
Em uma abordagem inédita, os cientistas observaram a atividade cerebral de 13 bebês prematuros e recém-nascidos não prematuros por meio da eletroencefalografia e conseguiram notar mudanças nas ondas cerebrais a cada soluço.
A pesquisadora na área de neurofisiologia e líder do estudo, Kimberley Whitehead, pontuou que “as razões pelas quais soluçamos não são totalmente evidentes, mas pode haver uma função no desenvolvimento, uma vez que os fetos e os recém-nascidos soluçam com tanta frequência”.
Segundo o artigo, bebês prematuros são particularmente inclinados a soluçar mais — em média, 15 minutos por dia somando todos os episódios.
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Estudou observou mudanças nas ondas cerebrais que podem indicar um processo de aprendizado 'multissensorial'.