Pular para o conteúdo
Início » Ministério da Saúde inicia ações do Agosto Branco contra tabagismo

Ministério da Saúde inicia ações do Agosto Branco contra tabagismo

Ministério da Saúde inicia ações para o Agosto Branco, com campanhas antitabagismo e contra o uso de vapes
Campanha, que visa conscientizar população no combate ao câncer de pulmão, irá focar no enfrentamento ao Vape

O Ministério da Saúde iniciou, nesta quinta-feira (1º) a campanha do Agosto Branco, com o objetivo de conscientização sobre o câncer de pulmão. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), a previsão é que, entre 2023 e 2025, sejam diagnosticados mais de 32 mil casos por ano em todo o país. 

Conforme especialistas, as maiores causas do desenvolvimento de câncer estão relacionadas ao tabagismo. De acordo com o oncologista clínico do Inca, Luiz Henrique Araújo, as campanhas antitabagismo são fundamentais para minimizar os riscos de câncer no pulmão.

“A campanha é essencial para a gente fazer a conscientização sobre o câncer de pulmão, principais sinais e sintomas e, principalmente, sobre como preveni-lo. É uma doença extremamente prevenível” afirmou. 

O médico ressaltou ainda que fumantes com idades entre 55 e 70 anos são os principais grupos de risco para o desenvolvimento do câncer. E que é recomendado que façam tomografias do tórax de forma anual para conferir os riscos, sugerindo ainda que busquem tratamento para interromper o vício o mais rápido possível. 

Neste ano, a campanha do Agosto Branco irá focar no crescimento do uso de cigarros eletrônicos, principalmente entre jovens com idade de 18 a 24 anos. Luiz Henrique contou que, mesmo não havendo pesquisas sobre os malefícios do uso dos chamados vapes a longo prazo, os cigarros eletrônicos podem causar doenças pulmonares intersticiais, ou seja, que propiciam o acúmulo anormal de células inflamatórias no tecido pulmonar, podendo resultar em insuficiência respiratória. 

“Mas já está mais do que demonstrado que ele também libera substâncias carcinogênicas e está associado tanto a doenças pulmonares letais não oncológicas, como oncológicas” , contou o médico.

Vale lembrar que a Anvisa proibiu a comercialização e uso do vape no Brasil, mas mesmo assim, o produto continua sendo um dos mais procurados. “Independentemente da Anvisa, o cigarro eletrônico está disponível, as pessoas estão utilizando e, infelizmente, isso está criando uma futura geração de pacientes de câncer de pulmão”.

Leia também:

Unidades de Saúde de Cajazeiras e São Cristóvão terão ações voltadas à população LGBT+

Hepatite B terá notificação compulsória em gestantes e crianças

Joédson Alves/Agência Brasil