Ministério Público se posiciona contra decisão de soltar Alexandre Nardoni

Condenado pela morte da filha 5 anos recebeu permissão da Justiça para cumprir a pena em regime aberto 

Por Estadão Conteúdo
07/05/2024 às 15h58
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Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

Na última segunda-feira (6), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) acionou um recurso contra o posicionamento da Justiça, que permitiu a progressão de regime aberto para Alexandre Nardoni. O órgão público também entrou com medida cautelar, ao pedir o retorno imediato do réu para o regime semiaberto do presídio. 

Condenado a 30 anos e dois meses, em 2008, por ser o responsável pela morte da filha, Isabella Nardoni, o acusado deixou a penitenciária de Tremembé depois de passar 16 anos na prisão. O caso relata que a menina, de 5 anos, teria sido jogada do 6º andar do edifício que morava, na Vila Guilherme, em São Paulo.

Recurso do Ministério Público 

O MP-SP entrou com um recurso no Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa, em São José dos Campos, em agravação que diz que o condenado não comprovou a ausência de risco para a sociedade. Isso porque o documento de indicação psiquiátrica do réu exibe características de transtorno de personalidade e impulsividade latente. 

A argumentação do Ministério Público de São Paulo defende que com a manutenção de Nardoni em regime intermediário, exames psiquiátricos conclusivos deveriam ser viabilizados. Além do teste de Rorschach, que é uma técnica psicológica que possui o intuito de obter um quadro amplo no transtorno de personalidade do indivíduo. 

Apesar de o MP se posicionar contra o julgamento do juiz, José Lourinho Sobrinho, a decisão foi destacada devido ao bom comportamento dentro do presídio, de acordo com as avaliações psiquiátricas realizadas na Penitenciária II, em Tremembé, no interior de São Paulo. 

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